Mudança do portão de acesso faz cair movimento em algumas lojas. Demissão de funcionários foi a saída para manter as portas abertas.
A construção da nova estação de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em Suzano , vem deixando os comerciantes de uma das principais ruas da cidade sem movimento.
A mudança do portão de acesso à estação fez cair muito a clientela de alguns comércios. A solução para não fechar as portas foi a demissão de funcionários.
Em horário de pico, a Avenida General Francisco Glicério, um das mais movimentadas do Centro, fica praticamente vazia. A situação das lojas também não é diferente. Segundo os comerciantes, o motivo para a queda no movimento de clientes é a troca do portão da estação. Antes ele ficava em frente à Avenida General Francisco Glicério, mas há quatro meses, por conta das obras da estação, o portão foi provisoriamente transferido para 200 metros à frente, na Rua Benjamin Constant. A construção da estação vai custar cerca de R$ 46 milhões.
Enquanto a nova estação não fica pronta, quem tem comércio nesse local enfrenta grande prejuízo. O comerciante Antônio Lenildo Belo tem uma lanchonete na avenida e já perdeu 50% da clientela. Ele afirma que de manhã os salgadinhos que eram todos vendidos, hoje se acumulam na prateleira. Nas últimas semanas, a situação ficou tão desesperadora que o comerciante teve que demitir seis dos onze funcionários para não fechar as portas. "A despesa é alta, por isso tive que cortar muita coisa."
O primeiro prazo para entrega da obra foi no final de 2012. Em seguida passou para 2013. Em nota a CPTM afirma que a estação só vai ficar pronta em 2014. Dessa maneira, os comerciantes prejudicados com a queda nas vendas vão ter que improvisar.
A gerente de uma ótica, Vanessa Rodrigues de Souza, diz que o movimento caiu 60%. A alternativa para tentar aliviar o prejuízo foi fazer promoções. Mesmo assim, segundo ela, o retorno ainda não é o esperado. "Não sabemos o que fazer enquanto a estação não fica pronta. A gente tenta, faz promoção, divulga, mas estamos tristes porque as vendas caíram muito. Ficamos sem ter o que fazer."
Fonte: G1