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10 de junho de 2013

MP-SP abre processo contra promotor que queria morte de manifestantes

Zagallo poderá sofrer sanções internas, mas o órgão não divulgou o grau máximo de punição que ele está sujeito a sofrer
Foto: Facebook / Reprodução

Rogério Zagallo disse, por meio do Facebook, que arquivaria processo se PM matasse manifestantes em protesto contra tarifas de ônibus

A Corregedoria do Ministério Público (MP) de São Paulo abriu um processo contra o promotor Rogério Zagallo, da 5ª Vara do Júri, por incitação da violência contra os manifestantes do Movimento do Passe Livre na noite da última sexta-feira. Por meio do Facebook, ele disse que arquivaria o processo caso a Tropa de Choque da Polícia Militar matasse os integrantes do protesto. Zagallo excluiu o post do Facebook mais tarde, mas terá sua conduta analisada pelo MP.

Ele poderá sofrer sanções internas, mas o órgão não divulgou o grau máximo de punição. "A Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou, nesta segunda-feira (10), Reclamação Disciplinar para apuração dos fatos atribuídos ao Promotor de Justiça Rogério Leão Zagallo, relativos a comentários nas redes sociais", afirmou o MP, em nota. Zagallo usou palavrões para se referir aos manifestantes e defendeu "borrachada nas costas" para resolver o problema.


"Estou há 2 horas tentando voltar para casa, mas tem um bando de bugios revoltados parando a avenida Faria Lima e a Marginal Pinheiros. (...) Que saudades da época em que esse tipo de coisa era resolvida com borrachada nas costas dos medras...", disparou o promotor. "Por favor, alguém poderia a Tropa de Choque que essa região faz parte do meu Tribunal do Júri e que se eles matarem esses filhos da puta eu arquivarei o inquérito policial", completou.

Após a polêmica, Zagallo voltou atrás e afirmou em seu perfil no Facebook que o protesto é válido. "Entendo como lícita e válida toda forma de protesto, debate e discussão sobre temas que estão na pauta da administração...o Movimento Passe Livre exercitou seu legítimo direito", disse ele. Zagallo foi o promotor do caso Gil Rugai, condenado neste ano a 33 anos e 9 meses de reclusão por matar seu pai Luiz Rugai e sua madrasta, Alessandra de Fátima Troitiño, em 28 de março de 2004.

Fonte: Terra

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