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6 de junho de 2014

Metroviários buscam acordo para encerrar greve, mas Metrô não cede

A pedido de sindicato, nova audiência no TRT é realizada, mas companhia rejeita avançar em proposta e é criticada por desembargador, que adianta que não terá posição pró-empresa em julgamento domingo

 Enfrenta dificuldades a tentativa extraordinária de acordo entre metroviários e a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Audiência convocada para o final da tarde de hoje (6), a pedido do sindicato da categoria, não consegue avançar na questão central, a respeito do índice de reajuste salarial a ser aplicado este ano. A falta de consenso foi criticada pelo desembargador Rafael Pugliese Ribeiro, da Seção Especializada em Dissídio Coletivo, relator das ações relativas à greve iniciada na quinta-feira. Os trabalhadores farão assembleia ainda hoje.

"Nós estamos nos esforçando na negociação, aceitamos reduzir o reajuste, que não é algo que fazemos com agrado. Esperamos que a companhia também se esforce", disse o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Junior. Os metroviários disseram aceitar reduzir a proposta de reajuste defendida na véspera, de 12,2%, desde que a companhia se dispusesse a elaborar planos de carreira de para seguranças e oficiais de manutenção. Na visão dos representantes da categoria, essa mudança não traria custo econômico para a empresa e seria suficiente para encerrar a paralisação.

Os advogados do Metrô, porém, mantiveram a postura da negociação realizada no dia anterior no TRT, dizendo que o máximo a que se pode chegar de reajuste é 8,7%. O presidente da empresa,  Luiz Pacheco, aproveitou para criticar a postura dos metroviários, que hoje pela manhã organizaram um piquete no pátio da estação Ana Rosa, na Vila Mariana, zona sul. Ele afirmou que este tipo de atuação visa a “denegrir” a imagem da companhia e se disse forçado a chamar a Polícia Militar, que atuou com cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo. "O metrô não tem capacidade financeira para ir além das propostas já apresentadas."

A postura mantida pelo representante patronal foi criticada pelo desembargador Rafael Pugliese, que afirmou durante a audiência que apenas os metroviários estavam dispostos a negociar. Ele apresentou proposta de reajuste de 9,5% e fez a ponderação de que o 0,8 ponto percentual de diferença para a proposta oficial não justifica o impasse criado em torno da greve. “Se o Metrô espera que indo a dissídio vai ter vantagem, fique sabendo que o dissídio não vai agradar a ninguém.”

O julgamento do caso está marcado para a manhã de domingo, às 10h. Além de avaliar se há abuso no exercício da greve, será avaliado o cumprimento de liminar expedida na quarta-feira pela vice-presidente judicial do TRT, desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, determinando 100% da prestação de serviço no horário do pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 70% nos demais. Ontem, durante audiência, Rilma disse que os metroviários estavam descumprindo o determinado, ficando sujeitos a multa de R$ 100 mil por dia.

Depois de o Metrô rejeitar a proposta do desembargador por um reajuste de 9,5%, o Ministério Público do Trabalho sugeriu um índice de 9,2%, o que também foi rechaçado pela empresa. "Nosso diálogo está entre 8,8% e 9,2% do MPT, ou seja, estamos falando de 0,4. Considerem que essa é a distância que separa da conciliação", apelou o desembargador.

Fonte: Rede Brasil Atual 

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