O diretor da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Hélio Mauro França, disse nesta quarta-feira que o governo revisou de R$ 33,2 bilhões para R$ 35,637 bilhões o custo total do trem de alta velocidade (TAV) que ligará Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas (SP). 'Houve atualização do custo porque no estudo inicial o número de material rodante (trens) era inferior ao da demanda identificada', afirmou ele no seminário 'Trens de Passageiros - uma necessidade que se impõe', realizado na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília.
De acordo com a previsão atual, a primeira etapa da licitação do empreendimento, relacionada à compra de trens, vagões e serviços complementares, envolverá custos de R$ 8,7 bilhões. Essa fase inclui a contração da empresa que será responsável por implementar a tecnologia do trem de alta velocidade e operar o serviço pelo prazo de concessão de 40 anos. Concluída essa etapa da licitação o governo lançará novo leilão pelo qual assinará o contrato das obras de construção civil. A instalação das estruturas de pontes e viadutos consumirá R$ 26,9 bilhões.
Apesar da atualização, a maioria dos números referentes ao projeto é de setembro de 2008, quando foram concluídos os estudos de viabilidade técnica e econômica do trem-bala, que consideram demanda, custo de implementação e operação.
De acordo com o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apresentado na terça-feira, a EPL publicará o edital e a minuta de contrato na próxima segunda-feira, dia 26. Depois disso, a expectativa é que o leilão seja realizado em prazo de oito meses, segundo Hélio Mauro França.