ESTAMOS EM MANUTENÇÃO

12 de novembro de 2012

Conheça o trabalho do controlador de metrô


Por Thaís Sant' Ana

Nome: Luiz Antônio Alves
Idade: 48 anos
Tempo de profissão: 21 anos
Formação: técnico em eletrônica
O que faz: Acelera e desacelera o trem, abre e fecha a porta, mantém distância entre os carros. Tudo de uma central

De um escritório na zona sul paulistana, Luiz Antônio Alves monitora o trem que transita entre Itaquera, zona leste, e Barra Funda, oeste da cidade. Ele é supervisor do Centro de Controle Operacional (CCO), o cérebro do metrô de São Paulo. Lá trabalham 96 operadores responsáveis por movimentar os veículos das 4 das 5 linhas do município. Alves é um tipo de maquinista dos tempos digitais e de trabalho remoto. O condutor que se vê no primeiro vagão apenas anuncia a estação seguinte e ajuda em casos de apuros, como quando uma blusa fica presa na porta do trem.

No geral, todas as funções do trem — se acelera, freia, para, se as portas abrem e fecham e até mesmo a distância entre os carros — são automatizadas e controladas de dentro de uma única sala do CCO, que parece o pregão de uma bolsa de valores. Monitores para todos os lados, além de telas, teclados e impressoras.

O trabalho é dividido por turnos. A cada um são 16 operadores, 4 para cada linha. Um controla o fluxo de passageiros por meio das câmeras instaladas nas plataformas; outro cuida da elétrica (que vai do fornecimento de energia aos elevadores e escadas rolantes); um terceiro fica com os pátios de estacionamento. O quarto operador toma conta dos trens. Em um painel, ele visualiza os carros e controla a velocidade e distância entre eles. Com um rádio, fala com os funcionários em campo. “Somos responsáveis por todas as estratégias para o funcionamento e segurança do Metrô”, diz. “Apesar do estresse, é muito bom”, afirma Alves, que controla o vaivém de cerca de 4 milhões de passageiros diariamente.

Maquinista à distância

Metrô 24 horas
O CCO nunca fecha. Mesmo nas 4 horas diárias em que o Metrô não funciona, os operadores trabalham. Eles organizam os trens, pátios de estacionamento e ajustam as funções para a abertura das estações.

Trabalho de time
Se uma mesma linha aumenta em extensão, os mesmos operadores devem supervisioná-la. Só há contratações em caso de linha nova.

Atrás vem gente
Hoje, os trens devem manter 150 metros de distância um do outro. Mas está em teste um sistema que poderia reduzir esse número para algo em torno de 30 metros, possibilitando mais carros por linha e um intervalo de tempo menor entre eles.



Fonte: Revista Galileu

Página: Oficial Diário da CPTM

Twitter @diariodacptm