Automotriz ainda está no local do acidente em Santo Antônio do Pinhal.
Expectativa é que o trabalho de retirada seja retomado na semana que vem.
Vinte dias após o acidente com o trem que descarrilou na Serra da Mantiqueira, matando três e ferindo 41, o veículo ainda não havia sido retirado do local nesta sexta-feira (23). A exigência de manter o trem em Santo Antônio do Pinhal foi feita pela perícia, logo depois do início dos trabalhos de remoção do trem, em 6 de novembro.
A expectativa, segundo a Polícia Civil, é que os trabalhos de remoção possam ser retomados na próxima semana. A intenção é recolocar a automotriz - que pesa 30 toneladas - nos trilhos e levá-la a Pindamonhangaba, no pátio da Estrada de Ferro de Campos do Jordão (EFCJ).
De acordo com o escrivão Antônio Dias da Silva, da Polícia Civil de Pindamonhangaba, que conduz o inquérito que apura as causas do acidente, a perícia pediu a EFCJ uma relação de documentos e laudos que comprovem a manutenção recente do veículo, conforme apontado pela direção da Estrada de Ferro. A última delas, uma revisão dos freios da automotriz em setembro.
"O veículo precisa ser preservado no local do acidente para facilitar o trabalho da perícia. De posse destes documentos relativos a manutenção do trem, eles podem confrontar a documentação com o veículo", disse Silva. Os documentos serão entregues na próxima segunda-feira (26) ao perito.
Durante o processo de investigação, o roteiro turístico feito pelos trens, entre Pinda e Campos do Jordão, permanecerá fechado. A previsão inicial do Estado era manter o local fechado até pelo menos 4 de dezembro - prazo que pode ser estendido se houver necessidade.
Acidente
O bondinho turístico que descarrilou por volta das 18h20 de 3 de novembro na altura do quilômetro 26 da ferrovia, sentido Pindamonhangaba, batendo contra um barranco. O local era de difícil acesso.
Foram três vítimas fatais, todas mulheres - sendo uma grávida. Os demais feridos foram levados para o Hospital Regional e Pronto Socorro, ambos em Taubaté, além de unidades médicas em Campos do Jordão e Pindamonhangaba.
G1