Na plataforma da Estação Barra Funda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), na Zona Oeste, Ana Carolina, de 19 anos, não notou nada de diferente. Era sexta-feira, 17h40, e o movimento estava intenso, normal para o horário de pico.
Quando o trem chegou ao terminal, a estudante universitária se acotovelava ao restante da multidão que tentava entrar no vagão. Sentiu as costas molhadas, mas esqueceu de olhar para trás. Não desconfiava que tinha sido atacada com ácido corrosivo naquele momento.
Dentro do trem, sentiu uma ardência incontrolável. Colocou a mão na calça legging que usava e parte do tecido saiu em sua mão. “Eu estava queimando”, conta Ana Carolina. Desesperada, desceu na Lapa, a estação seguinte. Pediu ajuda para um segurança e foi até o banheiro se lavar com água e sabão. A calça, a calcinha e a blusa já tinham “derretido”. A pele, bastante avermelhada, não sofreu queimaduras.
Com a roupa rasgada e sem entender o que tinha acontecido, o desespero tomou conta de Ana Carolina. Conseguiu lembrar o telefone dos pais depois de alguns minutos e não se sentiu em condições de ir até a delegacia registrar o caso. A queixa será prestada hoje.
Através da rede social Facebook, Ana Carolina desabafou sua história. Até ontem, mais de 300 usuários da rede compartilharam a mensagem.
EXTREMISTAS/ Uma das hipóteses levantadas é a de que Ana Carolina tenha sido atacada por um grupo extremista que prega a violência contra mulheres na internet. Uma das ideologias difundidas na rede é a de que mulheres bonitas com roupas “provocantes” devem ser punidas com ácido, a exemplo do que acontece em alguns países do Oriente Médio.
A estudante descarta a possibilidade de ter sido vitimada por alguém que já a conhecia. “Se aconteceu comigo, pode acontecer com outras pessoas. As mulheres que usam transporte público estão acostumadas a ouvir coisas desagradáveis e até a assédios, mas você nunca imagina que vai acontecer algo tão grave. A pergunta que não sai da minha cabeça é: por que comigo?”.
CPTM tem central de denúncias 24 horas
Caso desconfie de alguma situação irregular dentro das dependências da CPTM, o usuário deve denunciar imediatamente para que um segurança da estação possa intervir.
A CPTM disponibiliza o serviço de SMS-Denúncia, através do celular 97150-4949 ou pelo telefone 0800 055-0121. Ao receber a mensagem, o agente que estiver mais próximo do local é destacado para atuação imediata. Todas as denúncias recebidas por esse telefone são encaminhadas imediatamente à área de segurança da companhia. O denunciante não precisa se identificar e o serviço funciona 24 horas.
Sobre o caso de Ana Carolina, a CPTM esclareceu, em nota, que os funcionários prestaram os primeiros socorros à jovem e pretende fornecer imagens à polícia para ajudar na identificação do criminoso.
Além de agentes de segurança nas plataformas, a CPTM conta com circuito interno de 1.579 câmeras que reforçam a vigilância.
Diário de São Paulo
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Quando o trem chegou ao terminal, a estudante universitária se acotovelava ao restante da multidão que tentava entrar no vagão. Sentiu as costas molhadas, mas esqueceu de olhar para trás. Não desconfiava que tinha sido atacada com ácido corrosivo naquele momento.
Dentro do trem, sentiu uma ardência incontrolável. Colocou a mão na calça legging que usava e parte do tecido saiu em sua mão. “Eu estava queimando”, conta Ana Carolina. Desesperada, desceu na Lapa, a estação seguinte. Pediu ajuda para um segurança e foi até o banheiro se lavar com água e sabão. A calça, a calcinha e a blusa já tinham “derretido”. A pele, bastante avermelhada, não sofreu queimaduras.
Com a roupa rasgada e sem entender o que tinha acontecido, o desespero tomou conta de Ana Carolina. Conseguiu lembrar o telefone dos pais depois de alguns minutos e não se sentiu em condições de ir até a delegacia registrar o caso. A queixa será prestada hoje.
Através da rede social Facebook, Ana Carolina desabafou sua história. Até ontem, mais de 300 usuários da rede compartilharam a mensagem.
EXTREMISTAS/ Uma das hipóteses levantadas é a de que Ana Carolina tenha sido atacada por um grupo extremista que prega a violência contra mulheres na internet. Uma das ideologias difundidas na rede é a de que mulheres bonitas com roupas “provocantes” devem ser punidas com ácido, a exemplo do que acontece em alguns países do Oriente Médio.
A estudante descarta a possibilidade de ter sido vitimada por alguém que já a conhecia. “Se aconteceu comigo, pode acontecer com outras pessoas. As mulheres que usam transporte público estão acostumadas a ouvir coisas desagradáveis e até a assédios, mas você nunca imagina que vai acontecer algo tão grave. A pergunta que não sai da minha cabeça é: por que comigo?”.
CPTM tem central de denúncias 24 horas
Caso desconfie de alguma situação irregular dentro das dependências da CPTM, o usuário deve denunciar imediatamente para que um segurança da estação possa intervir.
A CPTM disponibiliza o serviço de SMS-Denúncia, através do celular 97150-4949 ou pelo telefone 0800 055-0121. Ao receber a mensagem, o agente que estiver mais próximo do local é destacado para atuação imediata. Todas as denúncias recebidas por esse telefone são encaminhadas imediatamente à área de segurança da companhia. O denunciante não precisa se identificar e o serviço funciona 24 horas.
Sobre o caso de Ana Carolina, a CPTM esclareceu, em nota, que os funcionários prestaram os primeiros socorros à jovem e pretende fornecer imagens à polícia para ajudar na identificação do criminoso.
Além de agentes de segurança nas plataformas, a CPTM conta com circuito interno de 1.579 câmeras que reforçam a vigilância.
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