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4 de fevereiro de 2012

Trem-bala terá licitação em outubro e não sai antes da Olimpíada

A licitação do Trem de Alta Velocidade Rio-SP-Campinas vai acontecer em outubro, de acordo com o ministro dos Transportes, Paulo Passos. 


Essa é a primeira fase da licitação que vai escolher o operador do trem-bala. A segunda fase vai definir o consórcio construtor do empreendimento --e vai ocorrer somente em 2013. 


Como o prazo de duração da obra é de cinco anos, o trem-bala não ficará pronto para operar durante os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio. 


A informação foi dhá pouco em reunião no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, com o governador Geraldo Alckmin. 


Segundo as projeções do governo, o trem-bala, de 511 quilômetros de extensão, demandará investimento de R$ 40 bilhões --21,2% a mais do que o previsto inicialmente, de R$ 33 bilhões. 


O valor se aproxima ao custo estimado pelas empresas interessadas no negócio. Segundo três consórcios, os valores podem variar entre R$ 45 bilhões e R$ 55 bilhões. Já algumas previsões do mercado elevam o custo do trem para R$ 60 bilhões. 


Empresas que querem vender equipamento e operar o trem-bala brasileiro pediram ao governo uma proteção contra o risco de variação cambial no negócio. 


A garantia serviria para evitar que variações muito fortes no preço do dólar afetassem o custo dos materiais importados que serão encomendados quatro anos antes do início da operação, como trens e sinalização. 


LEILÃO FRACASSADO 


O leilão do trem de alta velocidade, em julho, fracassou. Nenhum grupo se apresentou na concorrência. Venceria o leilão quem oferecesse a menor tarifa para os serviços, a partir de uma tarifa-teto fixada em R$ 199,73. 


Reportagem da Folha do dia 7 de julho mostrou que as cinco grandes empreiteiras do país só aceitavam entrar com R$ 3 bilhões de capital próprio no trem-bala. O valor é próximo de 5% do custo calculado por elas para o projeto. 


O governo calculou que o custo do projeto estaria hoje em R$ 38 bilhões. O governo se compromete a ser sócio com cerca de R$ 4 bilhões, emprestaria outros R$ 22 bilhões via BNDES (com possibilidade de subsídio de R$ 5 bilhões) e colocaria ainda recursos estimados no mercado entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões, via fundos de pensão e empresas públicas. 


O projeto do trem-bala prevê a ligação das cidades de Campinas, São Paulo e do Rio de Janeiro. Com cerca de 500 quilômetros (km) de extensão, vai passar por aproximadamente 40 municípios. 


Fonte: Folha de S. Paulo


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Página: Oficial Diário da CPTM

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