Na mesma linha e ao mesmo tempo, por volta das 9h30, estavam uma locomotiva de manutenção e um trem de passageiros. O trem estava parado na estação e bem cheio. A locomotiva apareceu por trás e se chocou contra o último vagão. “Foi aquele tumulto, as lâmpadas estourando, o tapete do trem levantou, foi aquele pó, o pessoal caindo um por cima do outro. Muita gente machucada”, disse a empregada doméstica Roseli Santos.
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Uma hora depois do acidente, os trens voltaram a circular na linha já desobstruída. O encaminhamento de todos os feridos a hospitais da região demorou bem mais. Houve queixas. “Falta de respeito com a população que usa esse trem. Depois de 40 minutos que chegaram para ver quem estava ruim, quem estava bem. Bati o peito, o braço. Como eu operei da coluna, vou para o hospital”, afirmou a dona de casa Claudete de Oliveira.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a maquinista da locomotiva de serviço está entre os feridos em estado mais grave. “Vítimas que necessitam de maior cuidado tinham TCE, o trauma cranioencefálico. Estavam desacordadas”, disse o major Nilson Miranda.
A CPTM prometeu uma apuração completa do caso. Os primeiros indícios apontam para uma falha humana. “Não foi um erro solitário. Estamos examinando a questão da maquinista. É uma senhora que já está na CPTM desde 1998. Nós já temos indícios que foi dada a autorização para ela entrar na via. Então, nós queremos saber como é que essa autorização e por que foi dada”, afirmou Jurandir Fernandes, secretário estadual de Transportes Metropolitanos.
No final da tarde desta quarta-feira (15), a CPTM informou que 44 feridos já haviam recebido alta e sete continuavam internados. Foi o segundo acidente em linhas da CPTM neste ano. Em 26 de janeiro, sete pessoas ficaram feridas na colisão de dois trens na estação de Itapevi, na Grande São Paulo.
Fonte: G1
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