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18 de fevereiro de 2012

CPTM promete novos freios nos trens até 2014

Somente neste ano, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) já contabilizou  três acidentes envolvendo trens da companhia. Em todos os casos a empresa atribui a falha a erro humano. Já o Metrô não registrou nenhuma ocorrência deste tipo desde o ano passado. Em entrevista na última quarta-feira, o gerente geral de operações da CPTM, Francisco Pierrini, afirmou que até 2014 a companhia terá um novo sistema que reduz a velocidade dos trens automaticamente sem a interferência do condutor.


De acordo com especialistas, tanto o Metrô como a  CPTM são meios de transporte seguros, mas as operações são diferentes. “No Metrô, a interferência do maquinista é mínima. A operação é totalmente automatizada, ao contrário da CPTM”, diz Aurélio da Dalt, professor de teoria das estruturas do Instituto Mauá de Tecnologia.

“O Metrô utiliza o sistema ATO (operação de tráfego automática). O nível de automação é total e o condutor está ali mais para acompanhar a situação. Ele não interfere diretamente na circulação dos trens. A Linha Amarela, por exemplo, já nem tem mais condutor”, explica Telmo Giolito Porto, professor do departamento de transportes da Poli-USP (Escola Politécnica).  “Já na CPTM, a automação é parcial, chamada de ATC (controle de tráfego automático). O centro de controle gerencia a operação, mas é o maquinista quem conduz o trem”, diz.


Em toda a linha férrea há sinalização. Quando a luz está verde, significa que não há trem à frente e o condutor pode prosseguir. Quando a luz está vermelha, o condutor deve desacelerar o trem. “Se o maquinista não para, um apito é disparado na cabine. Se ainda assim ele não age, aí o sistema automaticamente reduz a velocidade do trem”, explica Porto.


Segundo o professor, a automatização é necessária no Metrô porque um humano não conseguiria fazer o trem trabalhar em intervalos tão curtos, de cerca de um minuto. Na CPTM, esse intervalo é maior, de cerca de três a cinco minutos, o que permite a atuação do condutor. 
E por que os trens ainda colidem? “Porque o sistema da CPTM é programado para reduzir a velocidade até 20 km/h. Ele não para totalmente para não prejudicar o restante da circulação e para não diminuir o intervalo entre os vagões”, diz.


Segundo ele, nessa velocidade há chances de bater, mas não há risco de uma colisão forte, que cause mortes ou a destruição do trem. “Essa decisão foi tomada desde o início das operações”, diz.
Segundo Dalt, a completa automação da CPTM só será possível quando as linhas de carga e de passageiros forem separadas – atualmente, ambos os trens circulam na mesma via.


A CPTM demitiu por justa causa o condutor do trem que descarrilou na quinta-feira, na Estação Ceasa. No caso do acidente de quarta, na Estação Vila Clarice, a condutora da locomotiva que colidiu com outro trem só será ouvida no dia 27, já que ela permanece afastada por razões médicas.

Fonte: Diário de SP
Foto: 1100 em Abrigo Luz

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