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7 de junho de 2014

Greve no Metrô de São Paulo deve continuar durante o fim de semana

Legalidade da greve será julgada no domingo pela Justiça do Trabalho. Milhões de pessoas foram muito prejudicadas por linhas paralisadas.

O Metrô de São Paulo manterá por tempo indeterminado a greve, cuja legalidade vai ser julgada domingo (8) pela Justiça do Trabalho. Milhões de pessoas foram novamente prejudicadas pela paralisação, que piorou com a chuva e o trânsito já horrível de toda sexta-feira (6).

Depois do caos que foi o trânsito pela manhã, a tarde prometia. O motorista ficou impaciente em um cruzamento muito importante da Zona Sul, que estava com o semáforo queimado.

Das cinco linhas do Metrô de São Paulo, duas funcionaram totalmente. Mas, nas três principais, 28 estações ficaram fechadas na noite de sexta-feira (6) e bem nas extremidades, onde é mais difícil chegar.

A estação Saúde fica na Linha Azul e, no sentido da Zona Sul, é a ultima que estava funcionando. Dali para frente, não tinha como seguir de Metrô. Então, as pessoas tiveram que desembarcar em um ponto com a calçada lotada. Todo mundo esperando um ônibus, só que estava difícil conseguir entrar em um deles.

Mesmo impaciente para chegar em casa, a dona Inês não teve coragem de enfrentar esse aperto. Ela é aposentada, mora na Baixada Santista e todo dia vem para São Paulo trabalhar. “Hoje foi péssimo. Estou tentando pegar um táxi e não consigo também”, diz a aposentada Inês Germano de Oliveira.

Só em uma rua escura, ela conseguiu. Pegou o táxi aliviada, mas com medo do preço. Ela precisava chegar na estação Jabaquara, onde tem um terminal rodoviário.

Aliás, as três estações de metrô onde ficam as principais rodoviárias de São Paulo estavam fechadas. O ajudante geral José Jesus Soares trabalha em Santos e desceu no Jabaquara. Para ir até Bragança Paulista, no interior, tinha que chegar ao Terminal Tietê. “Estou perdido sem saber o que faço para ir embora”, confessa José Soares.

Quem mora em outro estado, ficou mais perdido ainda. Perto da estação Jabaquara, que está fechada, a equipe de reportagem encontrou o João, que estava com mala, sacola e mochila. Ele estava indo para a cidade de Iporã, no Paraná. O ônibus ia sair às 19h do Terminal Barra Funda.

DIA DE CAOS NO TRÂNSITO

Sexta-feira normalmente é o pior dia de trânsito em São Paulo. Com a greve do Metrô, a suspensão do rodízio de veículos, a chuva e o amistoso da seleção brasileira no meio da tarde, tudo ficou muito pior.
239 km de trânsito. Esse foi o tamanho do pico de congestionamento, o maior do ano e terceiro maior da história da cidade em uma manhã.

Manifestações na Zona Sul pedindo por mais moradia, e na Avenida Paulista, contra a política econômica do governo, também contribuíram para o recorde de filas.

Mais ônibus foram colocados nas ruas, o que piorou o trânsito e deu um nó em alguns terminais da cidade. A Polícia Militar chegou a usar a força para abrir uma estação de metrô fechada pelos grevistas.

Cansado de tanta confusão, o paulistano foi saindo das ruas mais cedo e o temido trânsito do fim da tarde acabou ficando mais suave. Às 19h, havia 139 km de fila, quase 90% a menos do que a média do horário. Mas a maior causa de tanta confusão, a greve dos metroviários, segue sem solução à vista.

Na noite de sexta-feira (6), a quinta reunião de conciliação terminou sem acordo. Em assembleia na sede do sindicato, os trabalhadores decidiram seguir de braços cruzados.

No domingo (8), o Tribunal Regional do Trabalho vai decidir se a greve é legal ou não. O TRT também vai definir o percentual de reajuste dos metroviários.

“A capacidade de pagamento do metrô nos limita a essa proposta colocada hoje. Os metroviários têm uma expectativa que nós não conseguimos alcançar”, declara Luiz Antonio Carvalho Pacheco, presidente do Metrô.

“Eu acho que o governo devia pensar melhor, então. Negociar de fato o patamar que os motoristas de ônibus conseguiram, 10%”, defende Altino Melo dos Prazeres, presidente do Sindicato dos Metroviários.

Por Natália Ariede / Flávia Freire

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