E se você encontrasse Fernando Haddad no ônibus?
Já imaginou se todos prefeitos fossem para o trabalho de ônibus?
Imagine pegar o ônibus lotado e ouvir do cobrador: “Senhor Prefeito, você pode dar um passinho para trás? Tem mais gente querendo subir”. E quem sabe ter a honra de segurar uma pasta com os documentos oficiais enquanto Haddad se equilibra no corredor? Ou conversar sobre a agenda da Prefeitura espremido no busão?
Parece loucura, mas a cena pode tornar-se real. Fernando Haddad pediu um estudo para sua assessoria militar sobre a possibilidade de ir e voltar de ônibus todos os dias. O prefeito mora no Paraíso, zona sul, e a sede da Prefeitura fica no Viaduto do Chá, centro.
Atualmente, Haddad faz o percurso de carro e demora cerca de dez minutos. De ônibus, existem cinco linhas na qual ele poderia fazer o trajeto, que iria demorar cerca de 30 minutos, contando a caminhada até o ponto e a espera.
O principal empecilho para o Prefeito é a questão da segurança. Segundo nota oficial da Prefeitura, o uso do transporte coletivo em horário e local regular pode ser usado para abordagens e protestos, causando transtornos à agenda oficial. Outra preocupação, é incomodar a vizinhança.
Tarifa congelada
Depois da jornada de protestos de junho contra o aumento da tarifa no transporte público, a gestão de Fernando Haddad anunciou que o preço da passagem continuará congelado em R$ 3 para 2014.
A tarifa será mantida graças à elevação dos gastos com subsídios ao transporte em 2014. A subvenção (diferença entre receita e despesas do setor) chegará a R$ 1,65 bilhão, 150% maior do que em 2013.
O valor para a pasta de transportes deverá subir de R$ 2,5 bilhões para R$ 4,2 bilhões. Esse aumento terá ajuda de repasse federal com R$ 1,5 bilhão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Fonte: Catraca Livre