Representante da empresa diz que vai receber grupo do Distrito de Jundiapeba e promete diálogo para atender pedidos
Solução
População aponta série de problemas sem solução em Jundiapeba
Moradores de Jundiapeba que protestaram no começo da tarde desta quarta-feira (23) e ameaçavam paralisar a circulação de trens da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM) desistiram da ação após um representante da empresa garantir que vai atender às reivindicações e agendar uma reunião para ouvir a população.
Encarregado de negociar com os protestantes pela companhia, o assistente técnico Givanildo Marcelino Camargo agendou para a próxima quarta um encontro entre dirigentes e seis líderes comunitários para tratar das questões referentes à atuação da empresa no município.
Os manifestantes exigem que a CPTM coloque uma cancela eletrônica na passagem de nível que existe no bairro para proteger os pedestres e evitar mortes. Segundo o líder comunitário, Josias Pereira, está é uma reivindicação antiga – de 2004 - e que ainda não foi atendida.
O representante da empresa ferroviária adiantou, no entanto, que a barreira está sendo produzida, mas ainda não definiu prazo para implantar a cancela.
“A posição [da CPTM] é que já existe o projeto, o portão está sendo fabricado”, afirmou Camargo.
Outros pontos
Os manifestantes pediam, além da cancela, investimento na infraestrutura de Jundiapeba, que tem recebido elevado número de novos empreendimentos, segundo os moradores, e poucas contrapartidas.
“Só fizeram [melhorias] que beneficiam a eles, como colocar um pedágio e regularizar a distribuição de água em algumas ruas, mas isso é porque entra dinheiro no bolso da Prefeitura”, reclamou o líder comunitário Josias Pereira, 42.
Vias interrompidas
Convencidos a não invadir a linha férrea, os manifestantes decidiram continuar o protesto, que durou cerca de uma hora, caminhando pela Avenida Lourenço de Souza Franco, interditando parte da pista sentido Centro por cerca de 20 minutos. Durante esse período, o tráfego de carros foi interrompido pela Polícia Militar (PM), que escoltou os moradores durante o protesto.
Munidas de cartazes e bandeiras, cerca de 50 pessoas participaram do protesto.