O governo de São Paulo determinou uma auditoria em contratos assinados pelo Metrô e pela CPTM com a empresa do ex-diretor da CPTM João Roberto Zaniboni, que é suspeito de receber propinas da empresa Alstom na Suíça.
A Corregedoria Geral da Administração vai auditar pelo menos cinco contratos de consultoria e supervisão assinados com a empresa Focco, que teve Zaniboni como sócio de 2008 a agosto deste ano, quando foram divulgadas suspeitas de formação de cartéis em licitações de trens no Estado entre 1998 e 2008.
Desde 2011, a Focco obteve, em consórcio com empresas de engenharia, contratos com a CPTM no valor de R$ 24 milhões. A varredura poderá levar à anulação dos contratos, segundo o corregedor geral Gustavo Ungaro.
A corregedoria já investigava quatro contratos com vários aditivos da CPTM que foram assinados por Zaniboni quando ele ocupou o o cargo de diretor da CPTM, de 1999 a 2003, e que podem ter sido fraudados pelos cartéis.
O Ministério Público apurou que há proximidade entre datas de depósitos nas contas de Zaniboni na Suíça e de assinaturas dos aditivos contratuais da CPTM.
A Folha ligou para o advogado de Zaniboni, mas ele não retornou as ligações.
FONTE: Folha de S.Paulo