Funcionária limpa entradade estação do Metrô na
Avenida Paulista (Foto: Guilherme Tosseto/G1)
Confronto com a PM deixou rastro de destruição e vandalismo.
Avenida Paulista (Foto: Guilherme Tosseto/G1)
Confronto com a PM deixou rastro de destruição e vandalismo.
Protesto foi contra aumento na tarifa de ônibus de R$ 3 para R$ 3,20.
Os protestos realizados nesta quinta-feira (6) contra o aumento das tarifas do transporte público deixaram um rastro de destruição e sujeira na Avenida Paulista. O vandalismo atingiu a estação Brigadeiro do Metrô,o Shopping Paulista, bases móveis da PM, bares e bancas de jornais da região.
O tumulto na Avenida Paulista começou quando manifestantes caminhavam no sentido Paraíso. O grupo, que já tinha entrado em confronto com a Polícia Militar no Centro, foi novamente abordado por cerca de 30 a 40 policais militares que seguiam a passeata de longe, atirando bombas de gás lacrimogêneo.
Algumas dezenas de manifestantes montaram barreiras na pista usando sacos de lixo e cadeiras dos bares da Paulista. Outros jogavam líquidos inflamáveis no lixo e ateavam fogo.
Vidros da estação Brigadeiro do Metrô ficaram estilhaçados após a passagem de manifestantes e da polícia. Além de arremessar objetos contra os vidros, o grupo também fez pichações escrevendo o novo valor da passagem de ônibus e Metrô.
Duas bases móveis da Polícia Militar também foram derrubadas. Uma delas foi incendiada e a outra foi colocada no meio da avenida próximo ao Hospital Santa Catarina.
Após deixar marcas de violência pela avenida, a manifestação chegou até a Praça Oswaldo Cruz por volta das 20h15, enquanto a PM caminhava em bloco e a passos firmes pelas barricadas. Temendo um confronto que parecia inevitável, pedestres se refugiavam dentro da bares ou nas estações de Metrô.
A cerca de 50 metros da Praça Oswaldo Cruz, policiais começaram a lançar bombas de efeito moral para dispersar a multidão, enquanto viaturas tentavam fechar a passagem do sentido Paraíso. Boa parte da manifestação acabou descendo a Rua Treze de Maio, mas cerca de cem pessoas se refugiaram dentro do Shopping Paulista, que teve uma coluna pixada, vasos tombados e um carro em exposição parcialmente destruído.
Shopping Paulista
As portas do shopping foram fechadas para evitar que as pessoas saíssem e se ferissem com o gás lacrimogêneo atirado pela polícia. Porém, quem estava perto da entrada do estabelecimento foi afetado pela fumaça. Uma funcionária do quiosque de café foi levada em cadeira de rodas por um bombeiro até o centro médico do shopping.
O funcionamento do Shopping Paulista foi prejudicado: além de ser alvo de depredações e pichações, a Polícia Militar impediu que clientes deixassem o centro comercial por causa da suspeita de que manifestantes tivessem se refugiado no local.
Até as 21h30, o fluxo de pessoas ficava a cargo da Polícia Militar, que decidia quem poderia sair ou entrar. Houve protestos de clientes que queriam sair do estabelecimento, temendo outro confronto.
Depois de dispersar o protesto na Rua Treze de Maio, a PM cogitava uma operação para retirar os manifestantes de dentro do shopping. No horário ela contava com cerca de 40 policiais, dez viaturas, dez motocicletas, além da Tropa de Choque, que chegou em dois microônibus e duas viaturas.
Enquanto isso, funcionários e clientes esperavam do lado de dentro, sem poder sair. Um homem tentou por vários minutos entrar no Shopping Paulista, afirmando que iria buscar sua filha e suas duas netas, menores de idade, mas foi impedido pela segurança. A entrada do homem só foi permitida após a autorização de um comandante da Polícia Militar.
Organização
O ato foi organizado originalmente pelo Movimento Passe Livre (MPL), que critica o aumento das passagens de trem, ônibus e metrô na cidade de São Paulox para R$ 3,20. O MPL defende ainda qualidade e pede tarifa zero. Segundo o grupo, “todo aumento de tarifa é injusto e aumenta a exclusão social.”
Entretanto, um dos representantes da organização ouvido pelo G1 disse que o MPL não é responsável pelos atos de vandalismo.
O protesto começou às 18h em frente ao Theatro Municipal. De lá, os manifestantes passaram em frente à Prefeitura de São Paulo e seguiram caminhada pelo Centro. O primeiro tumulto envolvendo a PM ocorreu após manifestantes colocarem fogo em cones da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na bifurcação entre as avenidas 23 de Maio e 9 de Julho, na região do Terminal Bandeira.
Do Centro, parte do grupo subiu a Avenida 9 de Julho em direção a Avenida Paulista. Por volta das 20h, eles ocuparam todas as faixas da Paulista. Cerca de uma hora depois, novamente a via foi interditada e outra vez a PM interviu com bombas e balas de borracha para liberar a pista.
Orelhão queima na Avenida Paulista, bloqueando a via no sentido Consolação nesta quinta-feira (6). Manifestantes e PM entraram em cofronto em protesto contra o aumento da tarifa do transporte coletivo na capital paulista. (Foto: Guilherme Tosetto/G1)
Fonte G1
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As notícias veiculadas acima, na forma de clipping, são acompanhadas dos respectivos créditos quanto ao veículo e ao autor, não sendo de responsabilidade do Blog Diário da CPTM
Os protestos realizados nesta quinta-feira (6) contra o aumento das tarifas do transporte público deixaram um rastro de destruição e sujeira na Avenida Paulista. O vandalismo atingiu a estação Brigadeiro do Metrô,o Shopping Paulista, bases móveis da PM, bares e bancas de jornais da região.
O tumulto na Avenida Paulista começou quando manifestantes caminhavam no sentido Paraíso. O grupo, que já tinha entrado em confronto com a Polícia Militar no Centro, foi novamente abordado por cerca de 30 a 40 policais militares que seguiam a passeata de longe, atirando bombas de gás lacrimogêneo.
Algumas dezenas de manifestantes montaram barreiras na pista usando sacos de lixo e cadeiras dos bares da Paulista. Outros jogavam líquidos inflamáveis no lixo e ateavam fogo.
Vidros da estação Brigadeiro do Metrô ficaram estilhaçados após a passagem de manifestantes e da polícia. Além de arremessar objetos contra os vidros, o grupo também fez pichações escrevendo o novo valor da passagem de ônibus e Metrô.
Duas bases móveis da Polícia Militar também foram derrubadas. Uma delas foi incendiada e a outra foi colocada no meio da avenida próximo ao Hospital Santa Catarina.
Após deixar marcas de violência pela avenida, a manifestação chegou até a Praça Oswaldo Cruz por volta das 20h15, enquanto a PM caminhava em bloco e a passos firmes pelas barricadas. Temendo um confronto que parecia inevitável, pedestres se refugiavam dentro da bares ou nas estações de Metrô.
A cerca de 50 metros da Praça Oswaldo Cruz, policiais começaram a lançar bombas de efeito moral para dispersar a multidão, enquanto viaturas tentavam fechar a passagem do sentido Paraíso. Boa parte da manifestação acabou descendo a Rua Treze de Maio, mas cerca de cem pessoas se refugiaram dentro do Shopping Paulista, que teve uma coluna pixada, vasos tombados e um carro em exposição parcialmente destruído.
Cabine da PM foi depredada durante protesto em São Paulo (Foto: Ana Carolina Moreno/G1) |
Shopping Paulista
As portas do shopping foram fechadas para evitar que as pessoas saíssem e se ferissem com o gás lacrimogêneo atirado pela polícia. Porém, quem estava perto da entrada do estabelecimento foi afetado pela fumaça. Uma funcionária do quiosque de café foi levada em cadeira de rodas por um bombeiro até o centro médico do shopping.
O funcionamento do Shopping Paulista foi prejudicado: além de ser alvo de depredações e pichações, a Polícia Militar impediu que clientes deixassem o centro comercial por causa da suspeita de que manifestantes tivessem se refugiado no local.
Até as 21h30, o fluxo de pessoas ficava a cargo da Polícia Militar, que decidia quem poderia sair ou entrar. Houve protestos de clientes que queriam sair do estabelecimento, temendo outro confronto.
Depois de dispersar o protesto na Rua Treze de Maio, a PM cogitava uma operação para retirar os manifestantes de dentro do shopping. No horário ela contava com cerca de 40 policiais, dez viaturas, dez motocicletas, além da Tropa de Choque, que chegou em dois microônibus e duas viaturas.
Enquanto isso, funcionários e clientes esperavam do lado de dentro, sem poder sair. Um homem tentou por vários minutos entrar no Shopping Paulista, afirmando que iria buscar sua filha e suas duas netas, menores de idade, mas foi impedido pela segurança. A entrada do homem só foi permitida após a autorização de um comandante da Polícia Militar.
Organização
O ato foi organizado originalmente pelo Movimento Passe Livre (MPL), que critica o aumento das passagens de trem, ônibus e metrô na cidade de São Paulox para R$ 3,20. O MPL defende ainda qualidade e pede tarifa zero. Segundo o grupo, “todo aumento de tarifa é injusto e aumenta a exclusão social.”
Entretanto, um dos representantes da organização ouvido pelo G1 disse que o MPL não é responsável pelos atos de vandalismo.
Cerca de mil pessoas participaram da manifestação contra o preço da passagem | (Foto: Ana Carolina Moreno/G1) |
Do Centro, parte do grupo subiu a Avenida 9 de Julho em direção a Avenida Paulista. Por volta das 20h, eles ocuparam todas as faixas da Paulista. Cerca de uma hora depois, novamente a via foi interditada e outra vez a PM interviu com bombas e balas de borracha para liberar a pista.
Orelhão queima na Avenida Paulista, bloqueando a via no sentido Consolação nesta quinta-feira (6). Manifestantes e PM entraram em cofronto em protesto contra o aumento da tarifa do transporte coletivo na capital paulista. (Foto: Guilherme Tosetto/G1)
Fonte G1
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