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22 de junho de 2012

Defesa Civil: "anjo da guarda" evitou tragédia maior em obra do Metrô

Dois homens morreram nesta sexta-feira após a queda de um guindaste, na construção de uma estação do Metrô, na zona sul de São Paulo
Foto: Adriano Lima/Terra


O coordenador geral da Defesa Civil do município de São Paulo, Jair Paca de Lima, afirmou nesta sexta-feira, após o acidente que deixou dois operários mortos nas obras de ampliação da linha 6 do Metrô paulistano, que um "anjo da guarda" impediu que parte do guindaste caísse sobre a avenida Ibirapuera, transformando o acidente em algo ainda mais grave.


Segundo ele, as duas vítimas morreram na hora, após serem atingidas pela torre metálica de um guindaste de 25 m de altura. A peça pesa mais de 1 t. "A lança retorceu, ficou como um 'L'. Se tivesse caído reto, teria atingido a avenida. Um anjo da guarda impediu que isso acontecesse", afirmou Lima.

Por volta das 16h, os dois corpos foram retirados do local do acidente e concluída a perícia por parte da Polícia Civil. Na hora do acidente, as duas vítimas estavam trabalhando na limpeza do canteiro de obra. Cerca de 20 pessoas estavam no entorno, mas ninguém se feriu. De acordo com a Defesa Civil, não será necessário paralisar a obra.

Walter Castro, diretor de engenharia e construção do Metrô, explicou que o guindaste estava operando na construção de uma escavação para gerar uma parede que é conhecida por estrutura de contenção e assim iniciar a construção da estrutura interna de um túnel do Metrô.

"Foi aberta uma sindicância interna para apurar as causas do acidente, mas neste momento não é possível afirmar com certeza o que ocorreu", disse ele. Segundo o diretor, as duas vítimas tem entre 30 e 38 anos e eram funcionários do consórcio responsável pela construção.

"A situação deles era legal e ambos trabalhavam com equipamentos de segurança. (...) O Metrô tem seguro e famílias serão indenizadas", disse.

Segundo ele, os nomes dos operários não foram revelados porque as famílias ainda estão sendo avisadas. "Todos os funcionários serão ouvidos durante sindicância em paralelo com inquérito da Polícia Civil, que não tem prazo para ser concluído".

"Uma obra é sempre uma área de risco. Então toda obra pode ocorrer acidente. Mas tomamos sempre o máximo de ação para evitá-los", completou o diretor. O acidente é o mais grave em obras do Metrô desde o que ocorreu em 12 de janeiro de 2007 na estação Pinheiros, que deixou sete mortos.

Acidente
O acidente ocorreu por volta das 12h50 desta sexta-feira, nas obras de implantação da estação Eucaliptos da Linha 5-Lilás do Metrô, na avenida Ibirapuera, bairro de Moema, zona sul de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, cinco viaturas, com 14 homens, foram enviadas ao local.

Um helicóptero Águia, da Polícia Militar, chegou a ser acionado para resgatar as vítimas, mas regressou após a confirmação das mortes.

Em nota, a Companhia do Metrô declarou que lamenta profundamente as mortes e informa que, além de uma rigorosa investigação, prestará plena assistência às famílias das vítimas.

Franciele Nádia, 19 anos, que trabalha em um lava-rápido na região do acidente, afirmou que aguardava um ônibus na avenida Ibirapuera quando ouviu um estrondo e imediatamente correu para ver o que havia acontecido. "Foi um barulho bem forte. O guindaste caiu de uma vez", disse ela.

Um vendedor que trabalha nas imediações afirmou que conhecia os dois operários que morreram e que na hora em que o resgate chegou já não era possível fazer mais nada. "Quando o helicóptero chegou, não havia mais o que fazer, eles já estavam mortos", disse.


MARINA NOVAES
Direto de São Paulo
Fonte: Terra

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