Ocorrências no sistema sobre trilhos passaram de 67 para 115 no primeiro trimestre deste ano
Quase dobrou a quantidade de roubos no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Divulgada na última semana, a tabela com estatísticas criminais da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) indica que no primeiro trimestre deste ano houve 115 roubos no sistema, ante 67 casos no mesmo período do ano passado.
Em contrapartida, os casos de furto (quando não há ameaças ou violência contra a vítima) caíram de 1.226, entre janeiro e março de 2013, para 1.010 nos três meses iniciais deste ano.
A reportagem questionou o Metrô e a CPTM sobre quais estações da rede mais tiveram mais roubos e furtos no período, mas não obteve resposta das duas empresas, ambas controladas pelo governo do Estado. Contudo, dados oficiais obtidos pelo Estado via Lei de Acesso à Informação ajudam a ter uma ideia sobre a distribuição desse tipo de violência nas paradas.
No caso do Metrô, na Estação da Sé, que conecta as Linhas 1-Azul e 3-Vermelha, houve o cômputo de 136 roubos entre janeiro e o início de dezembro de 2013. Foi o ponto onde mais se praticou esse crime no sistema inteiro. Em seguida, figura a Estação Palmeiras-Barra Funda, na Linha 3, com 77 casos, seguida de outra parada com grande movimento, a República, onde, no período, 60 roubos foram anotados.
Em seguida, aparece a Estação da Luz, na Linha 1-Azul, com 38 casos. A Estação Brás vem em quinto lugar, com 36 roubos. Essas duas paradas são importantes pontos de conexão com a malha da CPTM. Em se tratando de quantidade de furtos naquele período, a lista de estações é a seguinte: Barra Funda (13), Sé (12), República (8) e Luz (7).
A CPTM não respondeu, mesmo por meio da Lei de Acesso à Informação, quantos roubos e furtos houve em cada estação.
Linha 4. Isoladamente, a Linha 4-Amarela, operada pela concessionária privada ViaQuatro, registrou 75 furtos em suas seis estações ao longo de 2013, mostram dados também obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. No ano anterior, houve 37 casos.
Já os roubos saltaram de dois para 12 no mesmo período. Aberta em 2010, a Linha 4 cresce mais do que as outras em números de passageiros ano a ano.
Resposta. Em nota, a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, responsável pelo Metrô e pela CPTM, informou que diariamente os dois sistemas são usados por 7,6 milhões de passageiros e que o indicador de ocorrências de segurança pública no sistema "vem se mantendo estável nos últimos anos, com menos de uma ocorrência por milhão de passageiros transportados".
Além disso, informa o texto, a rede do Metrô "conta com agentes de segurança e 3.077 câmeras distribuídas ao longo de cinco linhas e 65 estações". Já na CPTM, há "um contingente de 1,3 mil homens dedicados à segurança, além de um moderno sistema de monitoramento de imagens nas 92 estações e câmeras internas nos trens".
A pasta disse ainda ter uma "estreita parceria" com as polícias Civil e Militar, trabalhando no intuito de prover segurança aos usuários e aos empregados.
Caio do Valle - O Estado de S. Paulo
Quase dobrou a quantidade de roubos no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Divulgada na última semana, a tabela com estatísticas criminais da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) indica que no primeiro trimestre deste ano houve 115 roubos no sistema, ante 67 casos no mesmo período do ano passado.
Em contrapartida, os casos de furto (quando não há ameaças ou violência contra a vítima) caíram de 1.226, entre janeiro e março de 2013, para 1.010 nos três meses iniciais deste ano.
A reportagem questionou o Metrô e a CPTM sobre quais estações da rede mais tiveram mais roubos e furtos no período, mas não obteve resposta das duas empresas, ambas controladas pelo governo do Estado. Contudo, dados oficiais obtidos pelo Estado via Lei de Acesso à Informação ajudam a ter uma ideia sobre a distribuição desse tipo de violência nas paradas.
No caso do Metrô, na Estação da Sé, que conecta as Linhas 1-Azul e 3-Vermelha, houve o cômputo de 136 roubos entre janeiro e o início de dezembro de 2013. Foi o ponto onde mais se praticou esse crime no sistema inteiro. Em seguida, figura a Estação Palmeiras-Barra Funda, na Linha 3, com 77 casos, seguida de outra parada com grande movimento, a República, onde, no período, 60 roubos foram anotados.
Em seguida, aparece a Estação da Luz, na Linha 1-Azul, com 38 casos. A Estação Brás vem em quinto lugar, com 36 roubos. Essas duas paradas são importantes pontos de conexão com a malha da CPTM. Em se tratando de quantidade de furtos naquele período, a lista de estações é a seguinte: Barra Funda (13), Sé (12), República (8) e Luz (7).
A CPTM não respondeu, mesmo por meio da Lei de Acesso à Informação, quantos roubos e furtos houve em cada estação.
Linha 4. Isoladamente, a Linha 4-Amarela, operada pela concessionária privada ViaQuatro, registrou 75 furtos em suas seis estações ao longo de 2013, mostram dados também obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. No ano anterior, houve 37 casos.
Já os roubos saltaram de dois para 12 no mesmo período. Aberta em 2010, a Linha 4 cresce mais do que as outras em números de passageiros ano a ano.
Resposta. Em nota, a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, responsável pelo Metrô e pela CPTM, informou que diariamente os dois sistemas são usados por 7,6 milhões de passageiros e que o indicador de ocorrências de segurança pública no sistema "vem se mantendo estável nos últimos anos, com menos de uma ocorrência por milhão de passageiros transportados".
Além disso, informa o texto, a rede do Metrô "conta com agentes de segurança e 3.077 câmeras distribuídas ao longo de cinco linhas e 65 estações". Já na CPTM, há "um contingente de 1,3 mil homens dedicados à segurança, além de um moderno sistema de monitoramento de imagens nas 92 estações e câmeras internas nos trens".
A pasta disse ainda ter uma "estreita parceria" com as polícias Civil e Militar, trabalhando no intuito de prover segurança aos usuários e aos empregados.
Caio do Valle - O Estado de S. Paulo