Trem na Estação Rio Grande da Serra |
Ainda este ano serão licitados os projetos executivos para reconstrução ou reforma de 11 estações da Linha 10-Turquesa da CPTM, que atende o ABC. As obras fazem parte de projeto de modernização das cinco linhas da empresa, um investimento de R$ 244,4 milhões.
Além de readequação às normas de acessibilidade, em atendimento ao decreto 5296/04, estão previstas trocas dos sistemas de sinalização, telecomunicações, rede aérea e via permanente (trilhos), e melhoria no suprimento de energia.
A Linha 10-Turquesa recebe média 365 mil passageiros em dias úteis. As estações Mooca, Ipiranga, São Caetano, Utinga, Prefeito Saladino, Santo André, Capuava, Mauá, Guapituba, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra serão beneficiadas com as melhorias.
A previsão é oferecer estações modernas e confortáveis, com banheiros para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, escadas rolantes e todos os itens de acessibilidade (elevadores, piso e rota táteis, comunicação em Braille, corrimãos e rampas adequadas), viagens mais rápidas e mais oferta de lugares aos usuários.
Segundo a CPTM, está em andamento a reforma de subestações e cabines seccionadoras, construção de nova subestação em Santo André (localizada na Cidade Pirelli, que antigamente contava com uma estação) e a implantação de sistema de telecomando de energia.
Também estão sendo remodelados os dois pátios de trens nas proximidades da estação Mauá.
Passageiros dão sugestões
Para quem utiliza o sistema de transporte coletivo oferecido pela CPTM diariamente, as melhorias anunciadas são boa notícia. É o caso de Daniela Santos, estudante de Santo André, que utiliza o trem todos os dias para ir até o curso, em Utinga. “A reforma é muito bem-vinda, porque as estações estão velhas”, comenta.
Daniel Denk, técnico de laboratório, vai todos os dias da estação Prefeito Celso Daniel, em Santo André, até o Brás para estudar. “O grande problema é com banheiros e falta de acessibilidade”, considera. Para Denk, precisa haver investimento em mais composições para evitar a superlotação observada nos horários de pico.
Nadia dos Santos, desempregada, realiza tratamento contra um tumor em Santo André e, por isso, utiliza o trem de Ribeirão Pires até a estação Prefeito Celso Daniel todos os dias. Para Nadia, falta maior conscientização por parte dos passageiros sobre o uso do trem. “As pessoas precisam se comportar melhor, esperar o desembarque para então embarcar”, destaca. (NF) Fonte: Repórter Diário
Foto: Ricardo Guimarães