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23 de maio de 2011

As novas máquinas de lavar trens do metrô de São Paulo

Parecido com lava-rápido de carros, sistema reaproveita 70% da água já usada

Em certos aspectos, os cuidados necessários com um trem do Metrô são parecidos com os dos carros. As composições também estão sujeitas a sol, chuva e poluição - mesmo as que só trafegam dentro dos túneis, por conta das saídas de ventilação. Por isso, a limpeza também é parecida e são usados "lava-rápidos". E para melhorar a eficiência, essas máquinas da companhia estão sendo trocadas pela primeira vez em 35 anos.


As novas máquinas começaram a ser instaladas há dois meses no pátio Jabaquara (Linha 1-Azul) e depois serão expandidas para Itaquera (Linha 3-Vermelha) e Capão Redondo (Linha 5-Lilás). Elas mantêm as características típicas de um lava-rápido de carros: o condutor leva os trens a uma velocidade de 5 km/h enquanto os braços de uma máquina com cerdas, controladas por funcionários em uma cabine externa, vai esfregando a composição. O processo de lavagem das laterais dura entre 20 e 30 minutos.

Os trens são lavados durante a madrugada ou no horário de menor movimento de público nos pátios de sua linha. Trabalham na lavagem dois operadores da máquina e outras seis pessoas em cada vagão, esfregando o teto. Esse processo é realizado semanalmente, mas a limpeza da parte interna dos trens é diária.

As composições também passam por um trabalho mais intenso de limpeza - com duas horas de duração em média - a cada dois meses, com detergentes específicos, principalmente na parte de cima dos vagões, que está mais exposta à oxidação.

A principal novidade das novas máquinas de lava-rápido é que elas conseguem reaproveitar a água utilizada no processo. Os cálculos do Metrô apontam que 70% da água utilizada seja proveniente de lavagens anteriores e apenas 30% seja de fornecimento da Sabesp.

"O excedente de água é captado por tanques e depois tratado para que possamos utilizar em novas lavagens", diz o gerente de Manutenção do Metrô, Walter Castro. Depois de captada pelos reservatórios que ficam enterrados embaixo de onde os trens passam, a água é levada para uma caixa d"água que fica no alto da máquina, para ser novamente utilizada. As máquinas antigas não possuíam esse sistema de reaproveitamento.

Ajustes. Outra novidade é que as novas máquinas podem ser ajustadas mais facilmente, modificando a posição dos braços mecânicos e das cerdas que vão esfregar as laterais. Isso é considerado uma vantagem, porque a frota atual da companhia tem unidades com diferentes aerodinâmicas - rodam na Linha 3-Vermelha, por exemplo, trens da marca Cobrasma e Mafersa (ambos do início da década de 1980) e também os CAF (de 2010).

"É um conjunto mais eficiente. Nós conseguimos colocar a máquina em uma determinada posição, de acordo com o modelo dos trens. Essa nova máquina tem uma tecnologia de escovas com cerdas diferenciadas, que consegue penetrar mais nas ranhuras do trem e limpar melhor", completa Castro.

Fonte e Fotos: Estadão

Página: Oficial Diário da CPTM

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