O Fantástico de domingo (26) mostrou, em detalhes, a batalha diária de quem usa os trens nas nossas duas maiores cidades . Uma situação que se arrasta há anos. E que, apesar disso, pode ser comprovada todos os dias.
A luta de todo o dia para chegar ao trabalho e depois voltar para casa está durando quase todo o dia, em São Paulo .
Sufoco durante a tarde. Às 16h30, ainda não é bem o horário de pico e a plataforma na Estação da Luz está bem cheia. O trem chega agora e aí é aquele sufoco que a gente conhece pra entrar dentro do trem e conseguir um bendito lugarzinho, nem que seja esmagado de pé. O trem sai e muita gente ficou de fora.
No domingo, o Fantástico mostrou como é complicada a vida de quem anda de trem em São Paulo. Na hora do embarque, ninguém respeita ninguém.
“Estava indo entrar no trem e tinha umas pessoas tentando sair e os que estavam atrás de mim foram com tudo. Daí eu tropecei no buraco e caí. Fraturei o braço”, conta uma mulher.
É gente demais para transporte de menos. Por dia, 2,8 milhões de pessoas usam os trens como meio de transporte. A CPTM - Companha de Trens Metropolitanos - diz que está investindo em um novo sistema de sinalização para diminuir o intervalo entre as viagens.
“Os trens estão hoje adequados ao limite do nosso sistema de sinalização. Se eu colocar mais trens, eu preciso diminuir o intervalo, porque mesmo assim, as pessoas vão ter que esperar o próximo trem. Esse tempo de espera é que as pessoas não querem ter. E, por isso, insistem em entrar no trem, mesmo ele estando lotado”, aponta Sérgio De Carvalho Júnior, gerente de relacionamento – CPTM.
Ao contrário do Rio de Janeiro, onde o sistema foi privatizado, a administração dos trens em São Paulo é do governo do estado. Desde 2008, compras e manutenção para o sistema estão sendo investigadas por suspeita de corrupção e formação de cartel.
Investigação a parte, o fato é que ainda há muita coisa para se melhorar no transporte de trens de São Paulo.
G1