Metrô espalhado pela cidade, alimentando e sendo alimentado por linhas eficientes e rápidas de ônibus.
Para São Paulo incorporar o mantra de todo o especialista em mobilidade urbana, o ritmo das obras tanto dos corredores de ônibus quanto das linhas de metrô precisa mudar. E de forma radical.
Dos 30 km prometidos diversas vezes pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para o fim do ano, apenas 15 km, ou seja, metade da meta, serão efetivamente entregues.
Isso inclui 5 km já inaugurados e outros 10 km que ainda serão entregues.
Com isso, a marca de 100 km de metrô deverá ser atingida apenas em 2015. Hoje a rede de metrô tem 74 km.
A implantação de corredores exclusivos de ônibus pela prefeitura também terá que crescer rapidamente.
Hoje, a cidade conta com cerca de 120 km, inaugurados ao longo de 27 anos.
A meta da gestão Fernando Haddad (PT) é entregar 150 km até 2016, ou seja, dobrar o número em um ritmo oito vezes maior que o histórico.
Na conta de 100 km de metrô estão a expansão de duas linhas e a primeira fase de dois monotrilhos. Essas quatro obras estão sendo tocadas simultaneamente, situação inédita na história do Metrô.
Mas todas atrasaram e não serão entregues completas até o fim do ano. A linha 17, inicialmente prometida para a Copa, ficou para 2015.
O planejamento da gestão Alckmin é de que a rede atinja 200 km até 2018, último ano de um eventual novo mandato, caso seja reeleito.
Isso significa quase triplicar a malha atual. Para isso, será preciso impor ritmo 13 vezes mais rápido, já que a rede atual levou 37 anos para ser entregue -da primeira à última estação inauguradas.
O planejamento interno do Metrô é ainda mais ambicioso, chegar a 280 km em 2021.
Mesmo que isso ocorra, São Paulo ainda ficará atrás de grandes cidades mundiais.
Um dos índices internacionais usados para comparação pelos especialistas relaciona quilômetros de linha por milhão de habitantes. Em 2010, São Paulo tinha um índice 7, contra 100, de Paris.
Se as projeções de linha e da população se confirmarem, São Paulo chegaria a um índice 24. É melhor, mas ainda atrás de Paris, Madri, Barcelona, Londres e Nova York, as cinco primeiras do ranking, com índices entre 40 e 100.
Sem considerar a expansão das outras redes, São Paulo, ficaria empatada com Tóquio.
Na prefeitura, além dos 150 km de corredores prometidos, o planejamento é deixar estudos ou licitações encaminhadas para outros 310 km a serem concluídos até 2024.
No mês passado, foi aberta licitação para contratar um novo plano de transporte.
O objetivo é obter estudos de "redes de referência" para cenários até 2032.
Essas redes incluem desde o trajeto e quantidade de linhas até os locais de corredores e terminais. Também fazem parte da licitação sugestões operacionais para melhorar o sistema.
"O plano procura entender para que lado a cidade está indo, ao mesmo tempo em que trabalha com o que está sendo implantado", diz Adauto Farias, diretor de gestão da SPTrans.
ANDRÉ MONTEIRO
EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO
Folha de SP
Para São Paulo incorporar o mantra de todo o especialista em mobilidade urbana, o ritmo das obras tanto dos corredores de ônibus quanto das linhas de metrô precisa mudar. E de forma radical.
Dos 30 km prometidos diversas vezes pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para o fim do ano, apenas 15 km, ou seja, metade da meta, serão efetivamente entregues.
Isso inclui 5 km já inaugurados e outros 10 km que ainda serão entregues.
Com isso, a marca de 100 km de metrô deverá ser atingida apenas em 2015. Hoje a rede de metrô tem 74 km.
A implantação de corredores exclusivos de ônibus pela prefeitura também terá que crescer rapidamente.
Hoje, a cidade conta com cerca de 120 km, inaugurados ao longo de 27 anos.
A meta da gestão Fernando Haddad (PT) é entregar 150 km até 2016, ou seja, dobrar o número em um ritmo oito vezes maior que o histórico.
Na conta de 100 km de metrô estão a expansão de duas linhas e a primeira fase de dois monotrilhos. Essas quatro obras estão sendo tocadas simultaneamente, situação inédita na história do Metrô.
Mas todas atrasaram e não serão entregues completas até o fim do ano. A linha 17, inicialmente prometida para a Copa, ficou para 2015.
O planejamento da gestão Alckmin é de que a rede atinja 200 km até 2018, último ano de um eventual novo mandato, caso seja reeleito.
Isso significa quase triplicar a malha atual. Para isso, será preciso impor ritmo 13 vezes mais rápido, já que a rede atual levou 37 anos para ser entregue -da primeira à última estação inauguradas.
O planejamento interno do Metrô é ainda mais ambicioso, chegar a 280 km em 2021.
Mesmo que isso ocorra, São Paulo ainda ficará atrás de grandes cidades mundiais.
Um dos índices internacionais usados para comparação pelos especialistas relaciona quilômetros de linha por milhão de habitantes. Em 2010, São Paulo tinha um índice 7, contra 100, de Paris.
Se as projeções de linha e da população se confirmarem, São Paulo chegaria a um índice 24. É melhor, mas ainda atrás de Paris, Madri, Barcelona, Londres e Nova York, as cinco primeiras do ranking, com índices entre 40 e 100.
Sem considerar a expansão das outras redes, São Paulo, ficaria empatada com Tóquio.
Na prefeitura, além dos 150 km de corredores prometidos, o planejamento é deixar estudos ou licitações encaminhadas para outros 310 km a serem concluídos até 2024.
No mês passado, foi aberta licitação para contratar um novo plano de transporte.
O objetivo é obter estudos de "redes de referência" para cenários até 2032.
Essas redes incluem desde o trajeto e quantidade de linhas até os locais de corredores e terminais. Também fazem parte da licitação sugestões operacionais para melhorar o sistema.
"O plano procura entender para que lado a cidade está indo, ao mesmo tempo em que trabalha com o que está sendo implantado", diz Adauto Farias, diretor de gestão da SPTrans.
ANDRÉ MONTEIRO
EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO
Folha de SP