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4 de maio de 2013

Explosão paralisa trens entre Mogi e Suzano

Passageiros se concentraram em frente à Estação Mogi / Foto: Eisner Soares
Usuários do transporte ferroviário tiveram uma surpresa desagradável na tarde de ontem (3) nas estações da Cidade. Quem embarcou na Estudantes, por volta das 14h15, foi obrigado a descer em Mogi das Cruzes. Já quem tentou utilizar o trem na estação Central se deparou com os portões trancados, a mesma situação encontrada em Braz Cubas e Jundiapeba. Uma pane elétrica causou a paralisação dos serviços da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), problema que persistiu até por volta das 16h30, quando uma das linhas foi liberada e os portões reabertos.

Centenas de pessoas ficaram sem transporte por mais de duas horas. Houve protestos porque muitos pagaram as passagens e foram obrigados a deixar o local sem indenização. Para amenizar a situação, a CPTM acionou o Plano de Apoio entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese), operação que disponibilizou ônibus gratuitos para levar os usuários entre as estações Mogi e Suzano - a partir de onde o funcionamento dos trens não foi afetado.

O garçom Anderson Manoel de Souza Lima disse estava vindo de São Paulo para tratar de negócios em Mogi, por volta das 13 horas, quando ocorreu um grande estouro na composição, que parou imediatamente próximo à estação de Braz Cubas.

“Logo depois recebemos a informação de que viria outro trem para nos levar até Mogi. Ficamos presos por quase uma hora e quando chegamos aqui já não tinha mais como voltar para casa”, relatou.

Neste período, as pessoas que estavam na Estação Estudantes foram transportadas até o Centro e tiveram de desembarcar sem receber de volta o dinheiro da passagem. Um deles foi o universitário Webert Braghirolo, que estava “revoltado” com o tratamento dado pelos seguranças da empresa e com toda a situação. “Ninguém informa nada. Estou atrasado e com certeza vou perder a hora da faculdade. O pior é que não houve devolução do dinheiro”, criticou.

Quem também ficou “muito nervosa” foi a comerciante Erismara Cristina Soares, que veio até Mogi, mas não conseguiu ir embora para Guaianazes a tempo de buscar o filho na creche. Outro que estava atrasado para o trabalho em São Paulo, o porteiro Wellington Santos, fez questão de filmar todo o movimento pelo celular “para postar no Facebook e mostrar a situação a seu chefe”. A mesma tática foi usada pela auxiliar de enfermagem Edileusa Moria, que também perdeu a hora do trabalho.

Somente depois de mais de uma hora após a pane, os ônibus da operação Paese começaram a levar os passageiros entre Mogi e Suzano. A disputa por um lugar ficou acirrada e os funcionários tiveram muito trabalho para organizar as filas. Os veículos saíam lotados de passageiros. Mal dava para fechar as portas dos coletivos.

De acordo com a CPTM, uma das duas vias do trecho foi liberada às 16h30. Às 17h15, a segunda delas também voltou a funcionar, fazendo com que a operação Paese fosse suspensa. A estatal afirma que os usuários foram informados sobre o problema pelo sistema de som dos trens e estações. (Silvia Chimello)

 O Diário de Mogi





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