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16 de maio de 2013

Estação de trens de Jundiaí vai ser modernizada e restaurada

Estação Jundiaí
A partir do recebimento do projeto a CPTM poderá realizar a licitação para que as obras possam começar ainda este ano.

A centenária estação ferroviária de Jundiaí, tombada pelo patrimônio histórico, vai passar por um amplo processo de restauração e adequação. O projeto executivo está sendo desenvolvido pelo escritório Pedro Taddei e Associados, e será entregue no mês de julho à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A partir do recebimento do projeto a CPTM poderá realizar a licitação para que as obras possam começar ainda este ano.

O arquiteto Pedro Taddei disse que o projeto consiste basicamente em adequar a estação atual, que é do final do século 19 e que passou por várias mudanças ao longo do século 20, para uma operação mais conveniente adequando às normas de operações atuais de trens metropolitanos da CPTM.

Modernização geral

"Todo o sistema de trens metropolitanos da CPTM vem passando por uma modernização que implica, por exemplo, na alteração dos sistemas de controle e de automação que implicam numa série de maquinários e cabeamentos sediados na estação, nas chamadas salas técnicas, onde ficam esses equipamentos elétricos, eletromecânicos, de telecomunicações, entre outros. Essas salas técnicas têm que ser inteiramente refeitas. Hoje existe um equipamento disperso pela área da estação, na sua maioria fora o corpo da própria estação }em bangalôs antigos", diz.

O arquiteto explica que a ideia é implantar um sistema de modernização capaz de permitir um aumento da frequência dos trens melhorando a segurança, a pontualidade e o conforto do usuário.

Linha 7-Rubi

"A linha 7-Rubi, que atende a cidade de Jundiaí é uma das que vem recebendo volume maior de recursos. A via permanente está sendo toda adequada e reformada desde São Paulo até Jundiaí. O sistema de alimentação elétrico também está passando pelo mesmo processo e a CPTM está comprando novos trens", revela.

Pedro Taddei destacou que o projeto vai readequar funcionalmente a estação, atendendo às normas de acessibilidade e de restauro, uma vez que a estação é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), e em função disso, para atender as normas de acessibilidade, a estação terá elevadores, piso tátil para deficientes visuais e rampas de acesso para cadeirantes, banheiros públicos de uso comum e outros exclusivos para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

"Estamos realizando um verdadeiro trabalho de arqueologia e descobrindo partes da história da estação que foram alteradas com o tempo", afirma.

Acessibilidade

Taddei informa que esses detalhes para atender as normas de acessibilidade foram estudados para não alterar as características da construção e passaram por aprovação do Iphan e do Condephaat.

A passarela metálica, que permite o acesso de uma plataforma de embarque a outra, data de 1895 e foi construída em aço importado da Inglaterra e da Escócia. Para garantir a acessibilidade de idosos e pessoas com necessidade especiais à plataforma central, foram projetados e conectados a ela dois elevadores fechados com vidro transparente.

Outra melhoria que não irá alterar a construção será a instalação de cobertura em vidro na extensão das plataformas de embarque.

A edificação que fica ao lado da antiga Casa do Chefe receberá uma construção interna para abrigar o maquinário necessário para o funcionamento das composições mais modernas, como equipamentos de controle, sinalização e de abastecimento de energia. Com as obras, a área construída total da estação será ampliada, passando de 3.215 m² para 4.068 m².

O projeto de restauro prevê a reserva de espaço para a exposição permanente de detalhes históricos da estação que foram alterados ao longo do tempo.

As diretrizes adotadas no projeto de restauro e adequação, desenvolvido em parceria com a arquiteta Maria Luíza Dutra, têm por objetivo recuperar a integridade física do conjunto edificado, a partir da eliminação das causas de deterioração verificadas no Diagnóstico e seu correto tratamento; preservar a tipologia construtiva, conservando-a como documento autêntico de sua data de construção, ao mesmo tempo em que preserva as alterações decorrentes das mudanças tecnológicas do transporte ferroviário que se incorporaram à história da estação. (www.facebook.com/nf365)

Fonte: DCI - São Paulo/SP