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21 de maio de 2015

Construção da linha 6 do metrô de SP afeta três teatros

A companhia Teatro do Incêndio anunciou o encerramento de suas atividades em sua sede atual - localizada na Rua da Consolação, na altura do número 1.219 - no domingo de 31 de maio. Na ocasião, o grupo dá fim à temporada do espetáculo O Pornosamba e a Bossa Nova Metafísica, em cartaz aos sábados (21h) e domingos (20h).

 

O Teatro do Incêndio deixa o espaço, que ocupa desde janeiro de 2014, após receber uma notificação sobre o processo de desapropriação do local, que vai dar lugar ao respiro da estação Higienópolis-Mackenzie, integrante da Linha 6 - Laranja do metrô. "Quando alugamos o imóvel, não fomos informados nem pela imobiliária, nem pelo proprietário de que havia o processo de desapropriação", diz Marcelo Marcus Fonseca, diretor do Teatro do Incêndio.

 

Segundo Fonseca, o grupo teatral iniciou uma negociação com a concessionária Move São Paulo, responsável pela construção da linha, e encaminhou uma proposta de ressarcimento. A ideia é que o Incêndio tenha apoio financeiro para construir uma nova sede. Fonseca alega, no entanto, que a concessionária não contatou mais o grupo.

 

Com apoio dos programas Municipal de Fomento e de Ação Cultural (ProAC), a companhia inaugura um novo espaço, localizado na Rua Treze de Maio, no dia 4 de julho, quando estreia a peça Pano de Boca, texto de Fauzi Arap. "Não sei se consigo levantar um teatro sem apoio, mas preciso cumprir com o que propus no ProAC", pondera ainda Fonseca.

 

A Linha 6 afeta dois outros teatros. Na Lapa, a sede d'A Próxima Companhia vai dar espaço ao respiro entre as estações Água Branca e Sesc Pompeia. Localizado na Bela Vista, o teatro Ágora não será desapropriado, mas as obras da estação homônima à região vão ocorrer ao lado do prédio. "Engenheiros explicaram o tipo de incômodo que teremos", conta o gestor do teatro, Celso Frateschi. "Até agora, estão agindo de maneira bem transparente."

 

Em nota, a Move São Paulo afirma que o governo enviou cartas, em 2012, a todos os proprietários de imóveis que seriam desapropriados. A concessionária diz ter, desde o início de 2014, uma equipe que mantém contato com os proprietários, tendo aberto canais para apoio e informação sobre os processos.

 

Estadão