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18 de maio de 2012

Trem rápido Sorocaba: estudo considera o uso de duas estações


O estudo do trem rápido, que deve ligar Sorocaba a São Paulo em cerca de 40 minutos, com valor de tarifa semelhante à passagem de ônibus, prevê a utilização das estações no centro de Sorocaba e no bairro Brigadeiro Tobias. A informação foi passada ontem pelo secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM), Jurandir Fernandes, ao receber, pela manhã em seu gabinete, os deputados estaduais de Sorocaba, Carlos César, Hamilton Pereira e Maria Lúcia Amary . 


A Secretaria de Transportes Metropolitanos informa que a intenção é utilizar ambas as estações revitalizadas. Na cidade de São Paulo, os trens chegarão e partirão da estação de Pinheiros, na zona sul, a 14 quilômetros do aeroporto internacional de Congonhas.A previsão é que o trem regional de passageiros entre Sorocaba e São Paulo comece a funcionar em 2018, mas o secretário Jurandir informa que a intenção é encurtar esse prazo para 2016, se as licitações não forem contestadas e se houver união política.


Os estudos apontam que o trem rápido Sorocaba-São Paulo será utilizado por no mínimo 20 mil passageiros diariamente e acomodará 600 pessoas sentadas por viagem. O embarque e desembarque em dois pontos de Sorocaba ocorrerão com o objetivo de atender as cidades da região no bairro Brigadeiro Tobias, fazendo com que os passageiros de outros municípios não necessitem enfrentar o trânsito do centro de Sorocaba, nem contribuam para o elevação do mesmo. 


A estação na avenida Afonso Vergueiro vai atender, principalmente, aos sorocabanos ou viajantes que tenham o centro da cidade como destino. A utilização da desativada estação ainda depende de negociação com a América Latina Logística (ALL) que detém a concessão daquele trecho. Na estação de Brigadeiro Tobias também funcionará a oficina de trens e haverá um complexo comercial e de estacionamento para atender o público.


O trem deverá percorrer os 92 km entre Sorocaba e São Paulo a uma velocidade média de 120 km/hora, sendo que a máxima ficará em torno de 160 a 180 km/hora. O futuro traçado da linha férrea prevê que o trem vai margear a rodovia Castello Branco (SP-270), deverá haver desapropriações e, segundo o diretor de planejamento da CPTM, Silvestre Eduardo, em alguns momentos haverá o compartilhamento da faixa de domínio da estrada de ferro, porém, não da via.


 O secretário Jurandir enfatizou aos deputados que em qualquer momento o trem de passageiros compartilhará as linhas do trem de cargas e as obras não tocarão nas áreas de preservação ambiental. Um levantamento de demanda avalia se haverá ou não um ponto de parada na cidade de São Roque. A fim de conhecer os anseios da população e sociedade organizada de Sorocaba e região, a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos promoverá uma audiência pública no mês de setembro, em data e local a serem definidos.


Também participou da reunião entre o secretário e os deputados, o presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), vinculada à STM, Mário Bandeira. Segundo Bandeira a construção da linha deverá levar 36 meses, será feita por meio de Parceria Pública Privada e exigirá investimentos avaliados em R$ 6 milhões. 


As informações apresentadas ontem aos deputados foi uma prévia do projeto funcional, que detalha as questões ambientais, de demanda, análise econômica e traçado, com previsão para ser concluído até o início de agosto deste ano. O presidente da STM disse que a elaboração do projeto executivo deve durar 24 meses, e depois começam as obras de construção. Segundo Bandeira o projeto funcional está sendo discutido com a Prefeitura de Sorocaba, que indicará as diretrizes para o projeto executivo.


Os parlamentares de Sorocaba destacaram a importância do projeto ser debatido na cidade, no próximo dia 28, durante a audiência pública de outra secretaria estadual, a do Desenvolvimento Metropolitano, que analisará o desenvolvimento regional e a criação do aglomerado urbano de Sorocaba. "Sorocaba, uma cidade que está a todo "vapor", deixará de ter como via de transporte único a rodovia, o que facilitará o turismo de negócios e a locomoção dos trabalhadores", disse a deputada Maria Lúcia Amary. "É um projeto que só traz benefícios para a região e para o estado de São Paulo, frente às vantagens de economia de tempo para os usuários, preservação de recursos naturais e desafogamento do trânsito nas rodovias", avaliou o parlamentar Hamilton Pereira. "É nobre, pois uma realidade da rodovia Castelo que vira avenida em vésperas de feriado é a de que em algumas décadas estará intransitável", declarou o deputado Carlos César.

Postado por Celino Soares Silva


Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul 

Página: Oficial Diário da CPTM

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