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11 de maio de 2012

Jovens divulgam vídeo e acusam segurança da CPTM de agressão

Ajudante geral, de 20 anos, chegou a desmaiar após levar uma ‘gravata’.
Caso ocorreu na noite de sábado (5) na estação de Mauá.


Jovens de Rio Grande da Serra, na Grande São Paulo, acusam agentes de segurança da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de agressão cometida contra um grupo na noite de sábado (5). Eles afirmam ter registrado um boletim de ocorrência nesta quinta-feira (10) no 1º Distrito Policial. Além de registrar a queixa, eles divulgaram na internet imagens do momento em que um guarda ferroviário imobiliza o ajudante geral Rodrigo da Silva Santos, de 20 anos, que chegou a passar mal.


(O tema desta reportagem foi enviado ao G1 por um leitor pelo Fale Conosco. Colaborações também podem ser encaminhadas pelo VC no G1.)


O G1 procurou a delegacia onde o boletim foi registrado e a Secretaria de Segurança Pública (SSP), mas desde quinta-feira não obteve retorno sobre o registro da ocorrência e se será realizada investigação policial.


O caso teria ocorrido por volta das 23h30 de sábado, quando o grupo deixava Rio Grande em direção à capital paulista. Por meio de nota, a assessoria de imprensa da CPTM confirmou a abordagem ao grupo de jovens e informou que vai apurar “o caso internamente para verificar se houve excesso, podendo haver sanções administrativas”. “A CPTM não aceita comportamentos inadequados de seus empregados ou terceiros”, diz o comunicado.


A confusão ocorreu na estação de Mauá, no ABC. Nas imagens, Santos aparece levando uma “gravata”, golpe no qual o agressor prende com os braços a vítima pelo pescoço, de um segurança. Ele tenta se desvencilhar, mas acaba desfalecendo. Um dos vídeos exibe o rapaz sendo retirado de maca, mas, pouco depois, se levanta em seguida e se recusa a ser socorrido.


De acordo com Rodrigo, as agressões ocorreram por volta das 23h30 de sábado (5). O irmão dele, Alexandre, de 21 anos, além de outros três jovens, sendo que uma delas está grávida, também teriam sido alvo da violência por parte dos agentes de segurança da CPTM.


“Estávamos em um grupo de cerca de 20 pessoas, todos amigos e conhecidos. Saímos de Rio Grande da Serra, onde moramos, e estávamos indo para a Virada Cultural, em São Paulo”, contou Rodrigo.


Garrafa quebrada


Rodrigo admitiu que o grupo estava “zoando” dentro do trem, mas negou que qualquer um dos seus amigos ou conhecidos tenha cometido qualquer ato de vandalismo. “Estávamos naquela animação, brincando um com o outro, mas nada demais, mesmo porque o trem estava cheio. Quando saímos de Rio Grande da Serra, alguém quebrou uma garrafa dentro do vagão e podem ter pensado que foi a gente”, afirmou.


O grupo entrou no último vagão, que estava cheio, ao deixar a estação de Rio Grande da Serra. Ele relata que, quando o trem chegou à estação de Mauá, agentes de segurança entraram e começaram a retirar a força quatro jovens do grupo. “Decidimos sair todos do trem. Eles pediram nossos RG e quiseram levar os quatro, entre eles o meu irmão, para uma salinha onde ficam os policiais ferroviários. Daí começou o tumulto e as agressões. Uns seis guardas estavam agredindo o meu irmão e eu fui tentar defendê-lo. Foi quando fui agarrado e agredido”, relatou.


Com a “gravata”, Rodrigo diz ter passado mal. “Queriam me levar para um hospital, falaram que iriam chamar o Samu, mas eu não quis ir”, disse. Depois da confusão, o grupo decidiu seguir normalmente para a Virada Cultural. Devido a isso, Rodrigo e Alexandre deixaram para esta quarta-feira (9) para fazer exame de corpo de delito e registrar um boletim de ocorrência na delegacia de Mauá. “Tenho os vídeos e fotos das marcas das agressões”, explicou Rodrigo.


Alexandre, por sua vez, disse que sofreu várias lesões devido às agressões. “Lembro de ter levado um soco no olho esquerdo, que ainda está inchado, e estou com dores na costela devido a uma borrachada que eu levei. Além disso, estou com um galo na testa e machuquei o cotovelo quando me derrubaram no chão”, disse.


Companhia alega condutas proibidas


Segundo a CPTM, uma equipe de segurança da Linha 10-Turquesa (Brás – Rio Grande da Serra) surpreendeu “algumas pessoas sentadas no chão da composição, fazendo uso de bebidas alcoólicas, garrafas quebradas e muita fumaça no ambiente, condutas proibidas pelo regulamento de viagem da Companhia” durante uma vistoria dos trens na estação Mauá.


Em seguida, a CPTM diz que os “infratores foram convidados a deixar o trem, ocasião em que aproximadamente 30 pessoas também desembarcaram em apoio aos colegas, iniciando um tumulto contra os agentes”.


De acordo com a CPTM, “uma das pessoas apresentou comportamento agressivo, desproporcional à situação criada, e foi dominado fisicamente por um dos vigilantes da estação”. Depois de toda a confusão, “o rapaz que foi imobilizado, embarcou em outra composição, sentido centro, deixando o local, conforme registrado pelas imagens das câmeras da estação”.


A CPTM orienta a quem se sentir prejudicado por uma ação da segurança entrar em contato com a empresa por intermédio de sua Ouvidoria e também a registrar a queixa na Delegacia de Polícia competente.


Fonte: G1



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