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19 de dezembro de 2011

A maquinista que evitou o pior na CPTM



O Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana relata que maquinista da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) evitou acidente de grandes proporções no último dia 15. O sindicato constatou, junto à equipe de manutenção, que havia uma falha no sistema de freio do trem, falha essa que ocasionou sua movimentação.

Relato – I

O relato é impressionante, acompanhe: “após entrar com um trem da série 5000 no Pátio de Barueri - para retornar em sentido contrário -, a maquinista executou todas as operações recomendadas, isto é, parou o trem, manteve as disjuntoras em permanência, retirou os manetes de comando e freio (quando, neste momento, o trem aplica automaticamente freio de segurança), recolocou-os no "painel ZUM" situado no armário atrás do banco do maquinista, e saiu da cabine fechando-a por fora, exatamente como recomendado”.

Relato – II

“No momento em que a maquinista se dirigia à outra cabine (no lado extremo) pelo lado externo do trem, caminhando pelas pedras ao lado da via, percebeu que o trem estava se movimentando. Então, retornou rapidamente à cabine, esforçou-se para abrir a porta que havia fechado com chave (com o trem em movimento) e, por meio de ação rápida, acionou o freio de emergência e conseguiu evitar mais uma tragédia neste fim de ano”.

Relato – III

“Se a maquinista não conseguisse realizar rapidamente esta manobra, possivelmente o trem correria desgovernado para a Estação de Jandira, pois estacionado em trecho de descida entre as Estações de Barueri e Jandira”.

Terceirização

O Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana lembra que o trem em referência é da década de 1970; e que, em junho de 2010, sua manutenção (que era realizada pelas equipes da CPTM) passou a ser feita pela empresa CTRENS, subcontratada da Espanhola CAF.

Riscos

De lá para cá, critica o sindicato, a confiabilidade nestes trens caiu consideravelmente, obrigando a CPTM a injetar trens de outras séries para satisfazer a demanda de passageiros.

Contra

O sindicato é contra a terceirização desses serviços e, por diversas vezes, alertou a direção da empresa quanto aos possíveis riscos que esta decisão poderia trazer aos usuários, pois a CPTM dispunha em seu quadro de profissionais gabaritados para atender as peculiaridades que esta série de trens exige em relação a sua manutenção, mas foi ignorado.