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17 de novembro de 2011

Do Capão Redondo ao Largo Treze: superlotação “trava” Santo Amaro

Andar de metrô na capital paulista é sempre incerto. Eu percorri a linha 5-Lilás de ponta a ponta no último 27 de outubro, dois dias após uma pane que deixou a estação Largo Treze fechada e prejudicou a velocidade dos trens. A situação encontrada no horário de pico, porém, não foi de sufoco, exceto em Santo Amaro 


A linha Lilás atende bairros da zona sul da capital paulista. As seis estações, distribuídas num percurso de 8,4 km de extensão, são: Capão Redondo, Campo Limpo, Vila das Belezas, Giovanni Gronchi, Santo Amaro e Largo Treze.

Talvez a maior dificuldade para quem utiliza a linha seja a falta de ligação com o resto da rede metroviária. A integração é realizada por meio da estação Santo Amaro da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Por tanto, ir do centro de São Paulo até a linha leva tempo. 




Com a inauguração da linha 4-Amarela, é possível ir até a estação Pinheiros e, de lá, pegar o trem da CPTM até a estação Santo Amaro. Ainda assim, quem utiliza a linha aguarda pela prometida ampliação com o restante do Metrô, que ligará a estação Largo Treze à estação Santa Cruz (linha 1-Azul) e à estação Chácara Klabin (linha 2-Verde). O governo promete mais 11 estações: Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin, Campo Belo, Ibirapuera, Moema, Servidor, Vila Clementino, Santa Cruz e Chácara Klabin. A licitação dessas obras, porém, está sendo investigada pelo Ministério Público de São Paulo.
Outro fator problemático da linha Lilás é o tempo de intervalo entre os trens, maior que o das outras linhas do Metrô. No dia em que fui do Capão Redondo ao Largo Treze, no horário de pico das 17h, o tempo de espera por trem variava de dois a quatro minutos. 

Sufoco em Santo Amaro
Durante o percurso, a estação Santo Amaro foi a estação que mais apresentou problemas. Já na passagem da CPTM para o Metrô, a escada rolante estava desligada. Como era horário de pico, os passageiros se amontoavam para subir a escadaria e chegar à plataforma. No embarque sentido Capão Redondo, os passageiros se aglomeravam para conseguir entrar no trem. A falta de sinalização no chão, indicando onde as portas se abrem, fazia com que os passageiros ocupassem a plataforma de forma desorganizada. Na hora que o trem chega, fica difícil para quem quer desembarcar: leva tempo para chegar até a porta e então é necessário empurrar quem tenta entrar. 
E este não foi o único problema visto no desembarque: algumas pessoas seguravam a porta e atrasavam a saída. Poucos fiscais estavam na plataforma no momento em que estive na estação: apenas dois. Vale dizer, porém, que eles eram atenciosos e prestativos.
Apesar de existir um sistema de som na estação Santo Amaro, o volume não era alto, e uma fiscal precisava utilizar um megafone para dar instruções aos passageiros.

A partir da estação Giovanni Gronchi, porém, a viagem fica mais tranquila. As pessoas começam a desembarcar e o transporte fica mais agradável. Algumas pessoas ainda ficam de pé, mas já não enfrentam tanto aperto. No trajeto entre a Vila das Belezas e Campo Limpo era possível sentar.

No dia da minha visita, todas as estações estavam com os elevadores funcionando. Com exceção daquela que faz ligação com a CPTM, a Santo Amaro, todas as escadas rolantes funcionavam. Elas também tinham acessibilidade e indicações para deficientes visuais no chão. Os vagões e plataformas estavam limpos.

Fonte: R7