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17 de novembro de 2011

Da Barra Funda a Itaquera: repórter descobre que passageiro é o problema

Quando me propuseram fazer uma matéria testando a linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo no horário de pico, achei que ia ser muito mais complicado do que realmente foi. Eu, que prefiro voltar pra casa a pé a usar transporte público em horário de pico, achei que ia me deparar com uma série de problemas que, verdade seja dita, não encontrei. 


Minha birra inicial era com a estação República, na região central da capital paulista, que - desde a inauguração da conexão com a linha 4-Amarela - estava um tanto quanto "bagunçada". Na minha opinião, faltava avisar aos passageiros, lá dentro do trem, que, chegando na plataforma, o desembarque deveria ser feito pelo lado direito do trem. Essa minha birra veio das muitas vezes em que não consegui entrar nos vagões porque os passageiros desembarcavam sempre pelo lado errado, e vinham para cima do pessoal que estava fora do trem, esperando para embarcar.


Ainda funciona assim em alguns momentos, mas muito disso é causado pelos próprios usuários, que se fazem de surdos - porque o sistema de som do Metrô avisa o lado certo do desembarque - e preferem zelar pelo próprio conforto. 


Se você desembarca pelo lado direito – que é o lado correto - você pega uma única escada rolante. Descendo pelo lado errado, são dois lances de escada até o embarque da linha Amarela. Mesmo dando mais trabalho, as pessoas continuam fazendo a coisa errada.

Escadarias
As pessoas também interrompem o fluxo nas escadas rolantes, mesmo com avisos em toda parte solicitando que, se for para parar na escada, que se pare do lado esquerdo. Ainda acontece de haver gente sentada em banco de idoso - com um idoso em pé, bem à frente. Também há aquelas pessoas que entram no vagão e ficam plantadas diante da porta, independente da estação em que vão descer. Tudo isso atrapalha muito e pode fazer da viagem um martírio.
São Paulo é uma cidade imensa e, dia após dia, o Metrô recebe mais críticas por problemas gerados pelo próprio usuário do que por sua competência. O que eu notei, fazendo o percurso todo – da estação Palmeiras/Barra Funda até a Corinthians/Itaquera, ida e volta, às 7h e às 18h – é que o Metrô de São Paulo oferece um serviço rápido, eficiente e de alta qualidade. Cronometrei todas as viagens e nenhuma delas – de ponta a ponta – durou mais que 45 minutos. 
Evidentemente, há exceções. Eu já vivenciei algumas. Já me aconteceu, por exemplo, do vagão do Metrô parar quatro vezes entre a penúltima estação Marechal Deodoro e a final, Barra Funda. Neste caso, porém, não era horário de pico e o Metrô estava relativamente vazio. Já aconteceu também do ar-condicionado estar desligado, mas também foi fora do horário de pico.

População de uma cidade
Não há lixo nos vagões. Os trens não demoram a chegar nas estações e, quando há paradas, elas são curtas. O ar-condicionado dentro dos trens funciona e você se sente seguro lá dentro. Ao notar isso, leve em consideração que, apenas pela estação da Sé, passam 100 mil pessoas por hora em horários de pico. Isso implica em dizer que, em uma hora, passa por lá a população inteira da cidade de Caraguatatuba (segundo dados de 2010 fornecidos pelo IBGE) e, se for horário de pico, a próxima hora será praticamente igual.

Fonte: R7