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28 de dezembro de 2014

Em ofício, Metrô e CPTM também revela plano de subir tarifa para R$ 3,50

Um ofício da Secretaria dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, ao qual a Folha teve acesso, afirma que as tarifas do Metrô e da CPTM serão reajustadas para os mesmos valores dos ônibus municipais.

A prefeitura anunciou nesta sexta-feira (26) que a passagem vai subir de R$ 3 para R$ 3,50 a partir do dia 6 de janeiro.

O governo estadual confirma que também haverá reajuste nos trens e no metrô, mas não informa valores ou prazos publicamente.

No ofício, enviado à prefeitura na quarta (24), porém, a secretaria informa que irá reajustar as tarifas do metrô e da CPTM para R$ 3,50 e que a tarifa de integração dos ônibus com a rede sobre trilhos subirá de R$ 4,65 para R$ 5,45.

Da tarifa integrada, segundo o documento, R$ 2,85 irão para o Estado e R$ 2,60 para a prefeitura.
O comunicado, assinado pelo secretário Jurandir Fernandes, que deixará o cargo nos próximos dias, informa também que serão reajustadas as tarifas especiais do Metrô.

As tarifas do Madrugador e Da Hora passarão de R$ 2,50 para R$ 2,92 e o Cartão Lazer, de R$ 25 para R$ 29,20.

Já o Cartão Fidelidade aumentará nas três modalidades: 8 viagens (de R$ 22,30 para R$ 26), 20 viagens (de R$ 53,80 para R$ 62,70) e 50 viagens (de R$ 127,50 para R$ 148,75).

O secretário diz ainda que haverá aumento na passagem dos ônibus da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), sem especificar valores.

Questionado, o Metrô negou as informações do ofício.

"Não há nenhuma definição sobre o assunto. Também não procede a informação de que o governo do Estado defende tarifa de R$ 3,50 para o próximo ano. Qualquer outra informação não passa de especulação", afirmou, em nota.

BASTIDORES

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) negociavam um anúncio conjunto do aumento há algumas semanas.

No ano passado, os dois anunciaram o aumento de R$ 3 para R$ 3,20 –e a revogação depois da onda de protestos– lado a lado.

Para evitar desgaste, Alckmin queria divulgar o reajuste depois de sua posse. A gestão Haddad, porém, após receber o ofício do Estado, informou o reajuste à Câmara Municipal para cumprir a exigência de comunicação com cinco dias úteis de antecedência.

Estado e prefeitura planejavam que o aumento entraria em vigor no dia 5 de janeiro –data que consta, inclusive, no ofício de Fernandes. Mas, na avaliação da área jurídica da prefeitura, a exigência não seria cumprida, por isso foi fixado o dia 6 de janeiro.

A antecipação do anúncio provocou mal estar entre as gestões tucana e petista.

Auxiliares de Alckmin consideram que a prefeitura "furou" o acordo ao divulgar as informações antes e não descartam, agora, rever a decisão de elevar as passagens dos trens e do metrô na primeira semana de janeiro.

Folha de São Paulo