BI ajuda Companhia Paulista de Trens Metropolitanos a reduzir furtos em estação no centro de São Paulo
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) vem colhendo frutos de uma ferramenta analítica da MicroStrategy que, por pouco, não acabou abandonada dentro das estruturas sistêmicas da organização. A tecnologia começou a operar na empresa em 2010. Contudo, devido a abordagem inicial de apenas levar painéis à diretoria adotada na época, caiu em desuso.
O projeto passou por revisão pouco mais de um ano depois da primeira experiência. “Começamos a tratar o assunto mais a sério, identificando possíveis aplicações internas e expandiu o uso”, comenta Nilson Roberto Brito dos Santos, que naquela época passou a ser responsável pela gerência de tecnologia da informação da empresa.
O novo foco consistia em trabalhar mais próximo aos usuários e trocar o parceiro de implementação. Com isso, a ferramenta ganhou corpo na operação. Hoje, a solução é utilizada em cinco grandes projetos dentro da CPTM e toca áreas como finanças, operações, presidência, recursos humanos.
A ferramenta analítica utiliza informações gerenciais para auxiliar a empresa em suas estratégias de negócio através de relatórios detalhados das áreas de custos, segurança operacional, financeiro, coordenação de empreendimentos e saúde ocupacional.
O executivo cita uma aplicação do business intelligence (BI) na área de segurança operacional. A ferramenta dá apoio mapeando toda diversas informações que ocorrem nas linhas. Com um rápido filtro permite extrair informações precisas sobre eventuais ocorrências.
“Com o uso da ferramenta foi possível mapear modalidades de ocorrência e em quais localidades elas aconteciam com mais frequência. Com a utilização da ferramenta, identificou-se que na região do Braz haviam muitos furtos. Foi possível colocar maior monitoramento no local e os registros de furtos caíram consideravelmente”, exemplifica Santos.
Além disso, a tecnologia permite que áreas da companhia criem suas próprias análises e relatórios com informações relacionadas, por exemplo, ao prazo de entrega e data limite de projetos; à quantidade de passageiros pagantes e de passageiros transportados; ao custo contábil e depurado da tarifa por passageiros pagantes; à quantidade de viagens vendidas; ao valor arrecadado; à tarifa média; à quantidade de ocorrências por linha e por milhão de passageiros.
A CPTM possui atualmente 92 estações ativas em seis linhas, que totalizam 260,8 km na sua malha ferroviária. Este sistema faz parte da Rede Metropolitana de São Paulo. O próximo passo traçado pela companhia é levar a ferramenta para plataformas móveis.
FELIPE DREHER