O Secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, atribuiu a "grupos organizados" o tumulto na Linha 3-Vermelha (Palmeiras-Barra Funda/Corinthians-Itaquera) do Metrô no fim da tarde de terça-feira (4), durante a interrupção da circulação dos trens .
Em entrevista ao Jornal da Globo, Jurandir disse que o incidente será investigado.
O secretário admitiu que houve falha na operação de uma das composições, mas criticou o uso indiscriminado do botão de emergência pelos passageiros. "O que foi inusitado é que essa falha gerou uma reação em cadeia de vandalismo.
Esse botão é acionado quando você tem uma pessoa doente, uma pessoa passando mal. Agora, [acionar] sete vezes em menos de 40 minutos em pontos distintos da Linha 3 é algo inusitado", afirmou.
Questionado se a ação foi orquestrada e se houve vandalismo, Jurandir foi categórico: "Não há dúvidas, temos depoimentos, câmeras.
As imagens mostram isso. Grupos organizados gritavam palavras de ordem e incitavam a população a pular nas linhas, dizendo que iriam parar o Metrô hoje (terça-feira)".
De acordo com a assessoria do Metrô, a falha em uma composição levou usuários a acionar o botão de emergência em sete trens, o que interrompeu a circulação da Linha 3-Vermelha.
O Metrô informou, em nota, que a Polícia Militar foi acionada e as estações tiveram que ser fechadas "por questões de segurança". Segundo o comunicado, na Estação Sé "foram registrados atos de vandalismo às composições e agressão aos empregados" da companhia. Há relatos de hidrantes e vidros quebrados.
A confusão começou por volta das 18h24, quando uma composição apresentou falha na Estação República, afetando a circulação da linha no horário de pico.
Segundo o Metrô, apesar de "a ocorrência operacional ter sido sanada às 18h27, usuários acionaram botões de emergência de sete trens que vinham atrás, em sequência, e desceram às passarelas de emergência, causando a interrupção da operação no trecho entre Palmeiras-Barra Funda e Sé".
Os usuários caminharam pelas passarelas laterais, e foi preciso desenergizar toda a linha.
G1