As pessoas que circulam pela passarela têm o trem como única alternativa de transporte para estudar, trabalhar e passear. Por isso, a conservação da estrutura é importante. Para o presidente do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Ademir Natal, a passarela é uma ameaça aos passageiros. “Essa estação da forma como ela se encontra é uma ameaça para quem anda sobre ela”, diz.
Com uma bengala, Elisabete Tavares circula pelo local e acha a passagem cansativa e até perigosa. “É difícil andar em escada para mim que sou deficiente. Domingo levei um tombo na plataforma. Cai no desnível da madeira.” Entre alguns dos problemas que Elisabete enfrenta na passarela diariamente estão tábuas desniveladas, buracos, barras de ferro expostas e muitos outros.
A situação da estação não é muito diferente. O presidente do sindicato afirma que partes do piso de madeira apodreceram e que pregos mal colocados podem ferir os passageiros. Natal observa também que a plataforma não está preparada para o caso de incêndio no piso de madeira. “Vários extintores são de CO2, não tem de água pressurizada ou algum hidratante que pudesse combater um princípio de incêndio."
O motorista Oscar Liberato fica revoltado com a situação. “Isso aqui não era nem para existir. Tinha que ser de concreto." 
A dona de casa Deusa Cotrim até concorda que até a estação ficar pronta uma estrutura improvisada é necessária, mas acredita que o local poderia ter condições melhores. "Claro que é improvisado pra gente não ficar sem a estação do trem. Mas tinha que ser mais elaborado, né? Essas madeiras... a gente escorrega, a gente tropeça”. 
A aposentada Hilda Cossadelli já sofreu um acidente na escada. “Eu cai do terceiro degrau e fui parar lá embaixo. Quase que um carro me atropelou. Passei 15 dias na cama sem poder levantar. Quando fui reclamar me disseram que vai ser daqui para pior.”
De acordo com a CPTM, o prazo de entrega da estação era no início de 2013. No entanto, devido a problemas contratuais, tanto a manutenção quanto o término da obra ficaram prejudicados, explica Mário Francisco Fagá, gerente de obras da CPTM. Ele esclarece que essas situações já foram resolvidas. “Temos um cronograma para fazer os ajustes necessários para dar aos passageiros condições de uso. Acreditamos que até o final de fevereiro os problemas estarão resolvidos.” De acordo com o gerente, a estação deve ser inaugurada no começo do segundo semestre deste ano.

G1 Mogi das Cruzes e Suzano

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