A decisão dos metroviários em favor do ato foi motivada pela pane na Linha 3
Manifestação quer reunir 10 mil pessoas em defesa de melhorias no transporte público na quinta-feira
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo promete realizar uma manifestação na próxima quinta-feira, às 16h30, no Vale do Anhangabaú, no Centro, em defesa de um transporte de melhor qualidade.
A decisão em favor do ato ocorreu na semana passada, dois dias depois da pane em trens que percorriam a Linha 3 do Metrô (Vermelha) e paralisou as atividades em algumas estações importantes, caso da Sé.
O presidente do sindicato, Altino dos Prazeres Júnior, informou que o ato deverá contar com o apoio de outros sindicatos e de movimentos que defendem melhorias no transporte público de São Paulo. Um deles é o MPL (Movimento Passe Livre), que já confirmou a presença no encontro.
Prazeres Júnior afirma que o ato será pacífico, mas recentes protestos onde a temática era o transporte público sugerem a possibilidade de confronto entre manifestantes e a polícia. A onda de manifestações no país começou em junho do ano passado, após o anúncio de aumento da tarifa do ônibus em São Paulo.
Na semana passada, o repórter cinematográfico da TV Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade foi atingido por um rojão durante a cobertura jornalística de um protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro. Nesta segunda, o hospital onde ele estava internado anunciou a morte cerebral de Andrade,
“Vamos chamar todos os movimentos para as ruas, mas não queremos violência”, disse Prazeres Júnior. No ato, os manifestantes vão lembrar algumas das declarações dadas pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) na quarta-feira passada sobre o motivo da pane do Metrô, acontecida no dia anterior.
“Ele disse que foi uma ação orquestrada por vândalos. É fácil achar um culpado externo. As reformas dos trens foram malfeitas e uma delas, com certeza, é o ar-condicionado”, disse o presidente do Sindicato dos Metroviários.
Reunião/ Nesta segunda, os metroviários e outros sindicatos definiram os detalhes do protesto de quinta-feira. A reunião ocorreu na sede do sindicato. “Não queremos dar a impressão de tom político. Só queremos mostrar os problemas do Metrô”, disse Prazeres.
IVAN VENTURA/ ESPECIAL PARA O DIÁRIO DE SP
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