Com todos os investimentos previstos pelo governo, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) quer chegar até 2020 transportando 9,3 milhões de passageiros por dia. Hoje, esse número chega a 3,7 milhões. Em participação no transporte coletivo da Região Metropolitana, a companhia quer aumentar sua fatia de 18% para 30%.
Para isso, o planejamento futuro do Metrô também prevê investir R$ 5,7 bilhões nos ramais mais antigos do sistema para diminuir a superlotação atual. Os maiores gastos estão previstos na Linha 2-Verde, no trecho já existente entre a Vila Prudente e a Vila Madalena: R$ 2,9 bilhões até 2020.
Esse dinheiro será necessário para a aquisição de 16 novos trens e a implementação de um novo sistema de monitoramento das composições, o que promete baixar o intervalo entre os trens de 147 para 126 segundos. A consequência direta será o aumento no espaço útil para os passageiros. Os outros dois ramais antigos deverão receber investimentos semelhantes.
A Linha 1-Azul ganhará R$ 1,4 bilhão até lá, para receber sete novos trens, reformar 51 já existentes e diminuir o tempo entre as composições de 109 para 95 segundos. A linha mais rápida, entretanto, continuará sendo a 3-Vermelha: o tempo entre os trens deverá cair de 101 para 85 segundos. O ramal vai ganhar 10 composições e ter 47 reformadas, ao custo de R$ 1,4 bilhão.
No estudo obtido pelo Estado, a companhia também aponta que sua expansão traria em 2020 benefícios sociais para São Paulo da ordem de R$ 13,92 bilhões por ano. Se as novas estações de fato forem concluídas, os moradores da Região Metropolitana economizariam R$ 3,3 bilhões em combustíveis e R$ 5,6 bilhões com a redução do tempo de deslocamentos.
O número de acidentes viários também diminuiria, de acordo com o Metrô, o que faria as pessoas economizarem R$ 400 milhões.
Fonte: Revista Ferroviaria