Além da cidade de São Paulo, outros municípios se destacam pelo número expressivo de viagens por bicicleta: Guarulhos (23 mil), Mogi das Cruzes (20 mil), São Bernardo do Campo (16 mil), Santo André (11 mil), Diadema (8 mil) e Osasco (8 mil).
O principal motivo para o uso de bicicletas, nos dias úteis, é o trabalho, com 71%. O segundo é a educação, com 12%, seguido por lazer, com 4%. A Pesquisa O/D também trouxe um dado relevante sobre a posse de bicicletas por família. Do total de 5,7 milhões de famílias residentes na metrópole, 1/4 possui uma bicicleta e 1/10 possui mais de uma.
Grajaú, o bairro que mais pedala
Na capital, o bairro onde os moradores mais produzem viagens pedalando é Grajaú, com quase 10 mil. Na sequência do ranking, estão Vila Maria, com 9 mil, Jardim Helena (8 mil), Jaçanã (7 mil), Vila Medeiros (6 mil) e Tremembé, com 5 mil viagens diárias.
No Grajaú, o principal motivo para o uso da bicicleta é a resolução de assuntos pessoais, com uma produção de 5.541 viagens diárias, seguida pelo trabalho, com 3.910 viagens diárias.
Andar de bicicleta tem hora e duração
A pesquisa O/D 2007 mostra que, do total diário de viagens realizadas por bicicletas, 25% ocorrem entre 6h e 8h, 25% entre 17h e 19h e os 50% restantes diluídos ao longo do dia. Pela manhã, a hora de pico das viagens por bicicleta ocorre entre 7h e 8h, e à tarde entre 17h e 18h, quando são produzidas 49.070 deslocamentos.
A maioria das viagens realizadas por bicicleta (78%) tem duração de até 30 minutos, o que indica que os ciclistas percorrem trajetos mais curtos. Com durações entre 30 e 60 minutos, a pesquisa mostra que 19% das viagens e apenas 3% dos trajetos têm duração superior a uma hora.
Homens pedalam mais
Quase a totalidade das viagens por bicicletas (91%) é realizada por homens. Entre os ciclistas, as idades predominantes são de 23 e 39 anos. Metade das viagens é realizada por essas duas faixas etárias.
Por que ir de bicicleta?
Em 2007, pela primeira vez a Pesquisa O/D perguntou aos entrevistados o motivo por fazer viagens de bicicleta, em detrimento de outros meios de transporte: 56% dos entrevistados responderam que a razão desta escolha foi a pequena distância, 22% responderam que a condução era cara, 7% optou pela bicicleta para realizar atividade física e o restante 15% respondeu outros motivos.
Bike nos trens
As “magrelas” também são bem-vindas nos trens do Metrô e da CPTM. O transporte de bicicletas está autorizado aos sábados, das 14h até o final da operação. Nos domingos e feriados, elas são liberadas durante todo período comercial, entre 4h40 e 0h. O Metrô também autoriza o acesso de bicicletas de segunda a sexta-feira, a partir das 20h30, sempre no último vagão de cada trem, respeitando o limite de quatro por viagem.
Lugar para pedalar e estacionar
Na capital, junto à CPTM e ao Metrô há duas ciclovias que oferecem conforto e segurança para os ciclistas.
Na CPTM, a Ciclovia do Rio Pinheiros, paralela à Linha 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú), tem 14 quilômetros de extensão e liga a Estação Vila Olímpia até a avenida Miguel Yunes, nas proximidades da Estação Jurubatuba. No trajeto, há dois pontos de apoio com sanitários, local para descanso e bebedouro. A ciclovia está sendo ampliada e, até o final do ano, ganhará mais seis quilômetros entre as estações Vila Olímpia e Villa Lobos-Jaguaré.
No Metrô, a ciclovia Caminho Verde fica situada ao longo da Linha 3-Vermelha, paralela à Avenida Radial Leste. Com 12,2 quilômetros de extensão faz a ligação entre as estações Tatuapé e Corinthians – Itaquera.
Atualmente, os ciclistas têm à disposição 40 bicicletários na Região Metropolitana de São Paulo: 15 no Metrô, com 420 vagas, 22 na CPTM, com 6.000 e seis na EMTU, com 955 vagas. Juntos, eles oferecem mais de 7.300 vagas.
Clique aqui e veja onde é possível deixar sua bicicleta nas estações da CPTM e Metrô e terminais de ônibus metropolitanos.
