Governo ofereceu reajuste salarial de 8,29% mais 10% de aumento no vale-refeição e no vale-alimentação
Os metroviários de São Paulo decidiram aceitar a proposta salarial do Metrô e, assim, desistiram de entrar em greve em 2015. A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira, em assembleia realizada no sindicato da categoria, na zona leste da capital.
Em audiência de conciliação promovida hoje pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o Metrô ofereceu reajuste salarial de 8,29% (7,21% de correção da inflação medida pelo IPC-Fipe mais 1% de produtividade) e aumento de 10% no vale-refeição e no vale-alimentação. Inicialmente, o Metrô havia proposto 7,21% de reajuste salarial.
Os metroviários, por sua vez, pediam 18,64% de reajuste e aumento no vale-refeição (10,08%) e no vale-alimentação (de R$ 290 para R$ 422,84). Os servidores também pediam redução da jornada de trabalho de 40 horas para 36 horas semanais e, ainda, reintegração de todos os trabalhadores demitidos na greve de 2014.
“A categoria aprovou a proposta do governo, então nós fechamos acordo e suspendemos a greve”, disse Alex Fernandes, secretário-geral do Sindicato dos Metroviários.
CPTM
Os funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que continuam em estado de greve, farão uma nova reunião de conciliação no TRT nesta terça-feira.
Os três sindicatos dos ferroviários (Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Sindicato dos Ferroviários da Zona de Sorocabana e Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil) pedem reajuste de 8,24% (reposição da inflação com base no INPC) mais 10% de aumento real - entre outros benefícios.
A CPTM, por sua vez, oferece reajuste de 7,72% - o equivalente à inflação medida pelo IPC mais 1% de aumento real. Já o TRT sugeriu que a companhia dê um aumento salarial de 8,25% aos ferroviários.
Terra