Companhia diz que categoria não cumpriu efetivo mínimo no horário de pico. Linhas 10 e 12 ficaram totalmente paralisadas e linhas 7 e 11, parcialmente.
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou no fim da manhã desta quarta-feira (3) que entrou com pedido na Justiça do Trabalho para que a greve dos ferroviários seja considerada ilegal. Os funcionários da CPTM paralisam parcialmente as linhas 7 e 11, e totalmente as linhas 10 e 12, desde a madrugada na capital paulista a cidades da Grande São Paulo
Segundo a CPTM, a paralisação é ilegal porque não atendeu uma liminar que definia o mínimo de 90% do efetivo de maquinistas em horário de pico e de 70% dos trabalhadores das demais atividades em caso de greve. Além da ilegalidade, a companhia pediu aplicação de multa e julgamento de dissídio.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) confirmou ter recebido o pedido da CPTM, mas informou que a questão da ilegalidade da greve será avaliada apenas no julgamento do movimento pela Seção de Dissídios Coletivos, que ainda não tem data marcada.
De qualquer forma, o TRT informou que a liminar que proíbe a "liberação de catracas" e determina contingente mínimo sob pena de multa de R$100 mil ainda está em vigor, mas que o assunto também será discutido no julgamento
A companhia não informou até o momento se vai descontar os dias parados na folha de pagamento, mas busca retomar a circulação de todas as linhas ainda nesta quarta-feira.
Depredação
Quem depende dos trens da CPTM na capital e Grande São Paulo para ir ao trabalho ou a escola reclamou da greve. Em protesto contra a paralisação, passageiros depredaram a estação Francisco Morato, na Linha 7- Rubi.
Reivindicações
Os ferroviários reivindicam 7,89% de reajuste salarial mais 10% de aumento real. A próxima reunião no TRT está marcada para o dia 11, às 13h. Já a CPTM propôs reajuste salarial com base no IPC, de 6,6527%, com adicional de 1% e reajuste de 10% sobre os benefícios. A segunda oferta é de reajuste linear de 8,25% sobre salário e benefícios.
G1