O custo do seguro, influenciado por fatores como idade, localização e perfil do proprietário, ainda é apontado como uma barreira para grande parte dos motoristas. É nesse cenário que ganham espaço as associações de proteção patrimonial mutualista, que oferecem valores mais acessíveis por meio da divisão dos custos entre os associados. De acordo com a Confederação Nacional de Proteção Patrimonial Mutualista (CNPPM), o país já conta com cerca de 8,5 milhões de veículos protegidos nesse modelo, especialmente entre as classes C, D e E.
O Brasil registrou 453 mil acidentes de trânsito apenas em 2025, conforme o Registro Nacional de Sinistros e Estatísticas de Trânsito (Renaest). Nas rodovias federais, a Polícia Rodoviária Federal aponta que 54.982 veículos de carga se envolveram em acidentes em 2024, principalmente semirreboques e caminhões-tratores, que juntos responderam por cerca de metade dessas ocorrências. O cenário reforça a urgência de medidas protetivas para motoristas e seus veículos.
Entre as associações do setor está a APVS Brasil, que atua há mais de 14 anos oferecendo proteção para veículos de pequeno, médio e grande porte. Com abrangência nacional, os dados da associação mostram que o Sudeste — região com maior frota e densidade urbana — concentrou 70% dos atendimentos em 2025, além de registrar o maior crescimento no período (+30% em relação ao início de 2025). O Nordeste aparece em seguida, com alta de 12%.
Entre todos os eventos acionados, a estimativa é de que:
• 15% envolvem colisões
• 5% correspondem a roubo ou furto
• 80% são referentes a pane mecânica ou elétrica e assistência 24h
Segundo Kleber Vitor, superintendente da APVS, os associados contam com suporte completo em caso de evento. Entre os serviços oferecidos estão reboque pós-evento, reparo em oficinas parceiras, Proteção para Terceiros (PAR) conforme regulamento e carro reserva — este último como benefício adicional contratado. Todo o acompanhamento pode ser feito pelo aplicativo da associação, que permite ao usuário acompanhar o andamento do atendimento em tempo real.
A APVS destaca que reduzir acidentes exige uma atuação conjunta entre poder público e iniciativa privada. Isso inclui melhorias em estradas e rodovias, sinalização adequada, campanhas educativas permanentes e ações específicas em períodos críticos, como feriados prolongados. "Entendemos que, além da infraestrutura e da fiscalização, informação, prevenção e proteção caminham juntas para diminuir o número de ocorrências e preservar vidas", afirma Kleber.
Com a regulamentação do setor — prevista na Lei Complementar nº 213/2025 — as associações de proteção veicular, como a APVS Brasil, consolidam-se como alternativas viáveis, acessíveis e seguras para quem busca proteger seu patrimônio sem comprometer o orçamento.