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9 de março de 2014

Os diferentes ritmos do Metrô paulistano

Linhas Azul, Verde e Vermelha têm diferentes formas de funcionamento para atender demandas distintas

O Metrô de São Paulo transporta 4,2 milhões de pessoas  em 75 quilômetros de trilhos, o que dá uma média de 56 mil passageiros por quilômetro, muito superior ao Metrô da cidade de Moscou, por exemplo, com média de 28,7 mil passageiros por quilômetro de trilhos.

Outra característica marcante deste transporte em São Paulo é a distribuição desigual de usuários entre as linhas.

A Linha 3 - vermelha (Corinthians/Itaquera - Palmeiras/Barra Funda) é a mais crítica de todo o sistema por ter a característica pendular, onde o fluxo de pessoas transportadas se concentra no período da manhã de Itaquera e outros bairros da Zona Leste para o Centro e a Zona Oeste e no sentido contrário durante a noite.

A Linha 1 - Azul (Jabaquara -= Tucuruvi) também é bastante cheia, mas a distribuição de passageiros se dá de forma mais homogênea ao longo das estações. A Linha 2 - Verde (Vila Madalena - Vila Prudente) tem uma característica semelhante à da Linha 1 - Azul, mas com fluxo menor de passageiros.

Um bom exemplo é na porta de entrada para os passageiros na Zona Leste. A estação Corinthians/Itaquera é a que começa a ter o movimento intenso no horário mais cedo. As portas abrem às 4h40 e às 5h30 e o fluxo de pessoas que passa pelas catracas para ir pegar os trens no sentido bairro-centro já é grande.

Às 6h as filas começam a formar-se tanto nas catracas quanto nas plataformas que dão acesso aos trens. Desse horário até as 9h, duas das três plataformas da estação são para trens que vão no Sentido Palmeiras Barra Funda, pois assim o fluxo de trens fica mais rápido, operando com a distância mínima necessária de segurança.

Centro de controle e ações para evitar atrasos nos trens

O CCO (Centro de Controle Operacional) do Metrô é um edifício que fica ao lado da Estação Vergueiro da Linha 1 - Azul. Nele, trabalham três equipes de operadores de trem divididas em três turnos de seis horas.

Normalmente ficam três operadores para cada console que há no CCO, um para cada linha do Metrô. Um funcionário fica responsável pelo monitoramento dos passageiros, outro pelo monitoramento dos trens e o último pelo controle do sistema de energia da linha. Entretanto, nos horários de pico há um operador a mais para cada console, para o caso de trens com problemas técnicos que possam surgir.

O CCO ainda conta com a ajuda da SSO (Sala de Supervisão Operacional) de cada estação. E no caso da Linha Vermelha, no horário de pico, também há um operador de trem em cada plataforma entre as estações Itaquera e Sé para auxiliar o colega que está operando a composição.

O chefe de departamento de operação centralizada e tráfego do Metrô, Wilson Nagy, explica que ainda há outras medidas tomadas pela Companhia. “Hoje temos 91 trens que saem vazios da estação terminal e vão atender os passageiros em uma estação que está muito cheia”, explica Nagy. “Além disso, realizamos a operação plataforma, que conta com seguranças e funcionários orientando os passageiros e garantindo que as portas dos vagões fechem e os trens saiam no tempos programados”, diz.

Além disso, também são realizados o embarque preferencial (o último vagão do trem voltado para o embarque de idosos, grávidas e pessoas com mobilizada reduzida) nos horários de pico.


Diário de SP
POR: Filipe Sansone 
filipe.sansone@diariosp.com.br