Segundo Alckmin, o pedido para que o custo do bilhete não subisse tão rápido foi feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teria ligado para o governador. A intenção do governo federal é reduzir os impactos de elevação das tarifas na inflação.
"Vamos avaliar a hipótese de não fazê-lo (o reajuste) no primeiro trimestre, para ajudar a segurar a inflação. Não tem ainda uma decisão tomada, mas vamos levar em consideração esse apelo do Ministério da Fazenda e vamos verificar para quando nós vamos transferir (a data)", disse Alckmin.
A última elevação do preço do Metrô e da CPTM foi em 12 de fevereiro do ano passado, quando a viagem, que até então valia R$ 2,90, passou a custar R$ 3. Em 2011, o reajuste ocorreu no dia 13 de fevereiro. Mas, agora, Alckmin afirma que vai "fazer o possível" para não promover o aumento antes de abril.
No mês passado, o secretário de Transportes Metropolitanos de Alckmin, Jurandir Fernandes, sugeriu que o governo estadual e a Prefeitura elevassem os preços na mesma data. Questionado se o bilhete do Metrô e da CPTM poderá subir no primeiro dia do ônibus, Alckmin não confirmou. "As empresas têm responsabilidades, salários, investimentos, manutenção. Precisamos avaliar."
Tanto Alckmin quanto o prefeito Fernando Haddad (PT) indicaram que os reajustes das tarifas não serão maiores do que a inflação. Nenhum deles sinalizou para qual preço os bilhetes saltarão.