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30 de outubro de 2011

Eliminar todas as cancelas de Mogi pode custar mais de R$ 250 milhões

 É preciso muito investimento para acabar com o abre e fecha das passagens de nível sobre a linha férrea da CPTM
Acabar com as cancelas que dividem Mogi das Cruzes em "parte de cima" da linha férrea e "parte de baixo" é sonho que a maioria dos mogianos gostaria de ver realizado o quanto antes. Entretanto, a solução desse problema que atravanca o trânsito, principalmente na região central, não será tão fácil para a administração pública por causa do alto valor das obras. 


O secretário municipal e Planejamento, João Francisco Chavedar, estima investimentos de mais de R$ 250 milhões para construção de sobreposições que possam eliminar o abre e fecha das cancelas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a formação das filas quilométricas formadas por carros a cada passagem dos trens. 


A projeção de Chavedar tem por base os recursos orçados por técnicos do Ministério dos Transportes para construção de dois viadutos sobre as passagens de Jundiapeba e Brás Cubas. Os serviços orçados em R$ 48 milhões deveriam ser realizados no primeiro semestre deste ano pelo Consórcio SPA-Tejofran-Convap, vencedor do processo licitatório realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas as denúncias de corrupção culminaram em uma série de demissões no Ministério dos Transportes e levou ao adiamento do início desta obra e à paralisação de outras tantas do governo federal no país. 

O convênio entre a Prefeitura de Mogi e o Ministério dos Transportes, que deve ser discutido pelo prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD) nas próximas semanas, em Brasília, prevê, ainda investimentos na elaboração de projetos para sobreposição da linha férrea em outros pontos da cidade: três viadutos ou passagens subterrâneas nas avenidas vereador Dante Jordão Stoppa (César de Souza), Manoel Bezerra de Lima Filho (shopping), além da praça Sacadura Cabral. Há, ainda, a previsão de alças de acesso no viaduto Argêu Batalha, no distrito de Brás Cubas, além de seis passarelas entre Jundiapeba e César de Souza.

"São ações que demandarão mais de R$ 250 milhões. Afinal, se levado em consideração que cada viaduto custa em torno de R$ 50 milhões (exceto os gastos com desapropriação) e precisamos ter ao menos de quatro a cinco viadutos, além de passarelas, ficará muito caro resolver o problema da passagem de nível", comentou Chavedar. 


O secretário, há mais de dez anos no cargo, que esteve em Brasília recentemente para tratar do assunto e acompanhará o prefeito na viagem que decidirá sobre o dilema dos viadutos em Jundiapeba e Vila Industrial, é defensor do sistema VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). "A CPTM propôs esse projeto para Mogi em 2009 para amenizar o movimento das passagens do centro até César de Souza. Era algo mais rápido e não tão caro, porém, a cidade (movimento popular) decidiu pela extensão do serviço do Expresso Leste. Agora é preciso aguardar a conclusão desse processo, que será longo", reforçou Chavedar. 



Características
Caso o Ministério dos Transportes libere os recursos para os viadutos em Mogi, as obras devem começar por Jundiapeba, que terá 335 metros e os acessos da Lourenço de Souza Franco e da Guilherme Georgi, com 430 e 580 metros, respectivamente. A largura total será de 19 metros, dos quais dois servirão aos pedestres. A altura será de dez metros. 



O viaduto no distrito será a principal ligação viária entre Mogi das Cruzes e Suzano, servirá como acesso ao trecho Leste do Rodoanel Mário Covas e vai ligar a avenida Lourenço de Souza Franco com a rua Kátia Oliveira à avenida Guilherme Georgi, na "parte baixa" da linha do trem, no sentido Brás Cubas-Jundiapeba. 

O segundo viaduto vai ligar a avenida Cavalheiro Nami Jafet à rua Professor Flaviano de Melo, no centro de Mogi. Menor, terá 280 metros, com acessos de 480 metros e 520 metros para cada respectiva via. A largura e a altura são as mesmas.



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Página: Oficial Diário da CPTM

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