Em 2008, metrô já era mais cheio do que os da Rússia e da China |
O metrô de São Paulo já registra a maior concentração de pessoas em um único sistema de transporte no mundo, segundo a própria companhia. No ano passado, o sistema transportou 11,5 milhões de passageiros a cada quilômetro de linha, número 15% maior do que em 2008, quando 10 milhões de pessoas foram levadas por quilômetro.
No mesmo ano de 2008, o metrô de Moscou, na Rússia, teve 8,6 milhões de usuários para cada quilômetro; o de Xangai, na China, levou 7 milhões, segundo dados da Comunidade de Metrôs (Comet), organização que reúne os 12 maiores sistemas do mundo. As informações são do Jornal da Tarde.
No ano passado, 2,56 milhões de pessoas passaram pelas catracas do metrô a cada dia útil, número 6.8% maior do que o registrado em 2009. Levando em conta as baldeações, os passageiros somam 3,5 milhões de viagens por dia, segundo um levantamento que está no "Relatório da Administração de 2010", divulgado com o balanço patrimonial da empresa.
Avaliação dos passageiros
Ao mesmo tempo em que o número de passageiros aumentou, a satisfação deles diminuiu. Na pesquisa "O Metrô segundo seu usuário: uma avaliação do serviço", feita no ano passado, 60% dos entrevistados classificaram o meio de transporte como "muito bom" e "bom". Em 2009, as notas positivas eram 67% do total. Segundo o Metrô, os resultados podem ser creditados à "crescente demanda de usuários que aumenta a complexidade de operação do serviço e o uso do sistema".
Governo cancela ligação rápida com Congonhas
O governo do Estado engavetou a ligação mais curta entre o aeroporto de Congonhas e a rede de metrô, que seria construída em 2015. Pelo novo projeto, segundo a Folha de S.Paulo,os passageiros terão de percorrer o dobro da distância e fazer a conexão no Jabaquara, a terceira estação mais utilizada, atrás de Sé e Luz.
A proposta inicial previa dois ramais saindo de Congonhas: um com 3,7 km, em direção à estação São Judas; o outro, com cerca de 7 km, com destino ao terminal Jabaquara. Somente o mais longo está previsto no estudo de impacto ambiental e nas três concorrências abertas até agora. Segundo o Metrô, a exclusão do ramal mais curto ocorreu porque o aeroporto está em processo de tombamento pelo Conpresp (órgão municipal do patrimônio histórico), o que criou dificuldades ao plano. Fonte: Destak Foto: Ricardo Guimarães