A ideia é construir uma estrutura semelhante a um boulevard, onde na parte superior circulariam carros elétricos, bicicletas e pedestres, e na inferior passariam as linhas da CPTM. O projeto foi apresentado durante a 5ª edição do Prêmio SAE Brasil de Jornalismo, na segunda-feira (04/04), em São Paulo.
Segundo Lerner, as linhas da CPTM não seriam fechadas. Elas receberiam o parque como cobertura e as laterais permaneceriam abertas. O parque linear seria conectado a empreendimentos, que pagariam parte dessa estrutura.
“Não podemos resolver o problema de mobilidade hoje com esse falso dilema: ou o carro ou o metrô. Não é aumentando o número de vias nas marginais que vamos resolver o problema de mobilidade e não é apostando em mais uma linha, porque não vai resolver mais uma linha de metrô.É preciso melhorar tudo.
O segredo da mobilidade está em não competir o mesmo espaço de um sistema com outro, eles serem complementares”, explicou o urbanista.
O diretor de transporte da SAE Brasil e presidente da Abifer, Vicente Abate, achou interessante o projeto do parque linear apresentado por Lerner. “Como ideia eu acho fantástico, uma cidade do futuro, onde pudesse ter transporte de superfície ferroviário ou metroviário e em cima carros elétricos. Mas é muito futuro para nós, infelizmente”.
Abate defende a integração dos sistemas de transporte para melhorar a mobilidade urbana.
“É o nosso futuro o equilíbrio no transporte, não só de carga, que precisa também, mas principalmente no transporte urbano, o transporte sobre trilhos sendo alimentado com linhas de ônibus, bicicletas, táxis”. Fonte: RF