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23 de maio de 2012

Greve afeta linhas do Metrô e da CPTM nesta quarta em SP

Funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) entraram em greve nesta quarta-feira (23) em São Paulo. Em razão disso, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspendeu o rodízio municipal de veículos. A SPTrans, por sua vez, acionou o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese), ampliando o atendimento de ônibus entre as estações afetadas. Veja abaixo a situação das linhas do Metrô e da CPTM por volta das 6h17:
Linha 3-Vermelha

A Linha 3-Vermelha, do Metrô, que liga Corinthians-Itaquera à Estação Palmeiras-Barra Funda, operava apenas no trecho entre a Estação Santa Cecília e a Estação Bresser.

Segundo informações do Metrô, as três linhas em operação nesta manhã tinham velocidade reduzida. Ainda segundo o Metrô, a operação é realizada com funcionários que não aderiram à greve e com o quadro administrativo que auxilia nas estações e bilheterias.

Linha 4-Amarela e Linha 5-Lilás

A Linha 5-Lilás, do Metrô, começou a operar em todas as suas estações por volta das 5h10. A Linha 4-Amarela, operada pela iniciativa privada, operava normalmente desde a madrugada.
Linha 11-Coral e Linha 12-Safira

Na CPTM, as linhas 11-Coral e 12-Safira estavam paradas por volta das 6h. Ônibus gratuitos foram colocados à disposição dos passageiros de todas as linhas.

Demais linhas da CPTM
Na CPTM, as linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 10-Turquesa funcionam normalmente. Nas linhas 11-Coral e 12-Safira, onde não ocorria o transporte, ônibus foram colocados para fazer os trajetos de Mogi das Cruzes a Guaianazes e Guianazes a Brásna primeira e de Poá a Itaim Paulista e do Itaim Paulista a Brás na segunda.

Estações fechadas
No Terminal Jabaquara, as portas do Metrô estavam fechadas, e havia um grande acúmulo de passageiros. Muitos dizem que não sabiam da greve, e não sabem se conseguirão ir para o trabalho. Os ônibus que foram colocados à disposição dos passageiros saíam lotados desde a madrugada.

Sindicatos que representam trabalhadores do Metrô e das linhas 11 e 12 da CPTM decidiram na noite de terça-feira (22) declarar greve a partir da 0h desta quarta. Nos dois casos, decisões da Justiça do Trabalho determinam que o efetivo seja mantido sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

Caso os sindicatos descumpram a decisão, Metrô e CPTM afirmam que aproximadamente 4,8 milhões de passageiros podem ser afetados.

Rodízio e Paese
Por causa da declaração de greve, o rodízio municipal de veículos, que nesta quarta limitaria a circulação de carros e caminhões com placas finais 5 e 6, foi suspenso, segundo a CET. A SPTrans acionou o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese) - com ele, as linhas com destino às estações do Metrô tiveram seu trajeto estendido até a região central de São Paulo.
A Polícia Militar informou que vai reforçar o policiamento nas estações da CPTM e do Metrô, inclusive nas operadas pelo Consórcio ViaQuatro.

Até por volta de 5h30, não havia informações sobre confusões nas estações das linhas paralisadas.
Greve no Metrô

A decisão do Sindicato dos Metroviários de São Paulo de optar pela paralisação ocorreu após uma audiência com representantes do Metrô que terminou sem acordo. A Justiça do Trabalho determinou, no entanto, que o sindicato dos Metroviários mantenha 100% da frota funcionando durante os horários de pico e 85% nos demais horários e proibiu a liberaração das catracas.

Caso as determinações não sejam cumpridas, o sindicato terá que pagar multa de R$ 100 mil diários. Os horários de pico são das 5h até as 9h e das 17h às 20h. A audiência de conciliação desta tarde foi realizada no Tribunal Regional do Trabalho - 2ª Região, e mediada pela desembargadora e vice-presidente do tribunal, Anélia Li Chum.

O presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior, criticou o andamento das negociações. “Para não prejudicar a população de São Paulo, nós propusemos a catraca livre, mas não foi aceito. Além disso, fizemos algumas reconsiderações para sair do impasse, mas o Metrô respondeu com propostas menores do que as da Justiça. Não tivemos outra alternativa a não ser a paralisação”, afirmou.

O presidente do sindicato disse que não vai atender à determinação de manter 100% de operação em horário de pico e que vai recorrer contra eventuais multas.

Segundo o presidente, os turnos da noite (que começa à meia-noite) e da manhã não irão entrar para trabalhar. “Se nesse período houver alguma proposta do Metrô, vamos realizar uma assembleia ao meio-dia para decidir o que fazer.”

Reivindicação e negociações
Os metroviários reivindicam 5,13% de reajuste salarial, 14,99% de aumento real, vale-alimentação de R$ 280,45 e reajuste de 23,44% no vale-refeição, além de equiparação salarial, 36 horas semanais, periculosidade sobre todos os vencimentos, adicional de risco de vida de 30%, plano de saúde acessível para os aposentados e reintegração dos demitidos em 2007.

Durante a audiência desta tarde, a companhia propôs reposição da inflação pelo Índice Nacional de Preços (IPC) e aumento real de 1,5%. A desembargadora propôs reajuste pelo INPC mais 1,5% de aumento real.
O Metrô propôs vale-alimentação de R$ 158,57 enquanto os metroviários mantiveram a reivindicação de R$ 280,45. A desembargadora propôs R$ 218. Em relação ao vale-refeição, o Metrô propôs elevar o valor para R$ 21 e o sindicato manteve a reivindicação de R$ 25,25. A desembargadora estipulou o valor em R$ 23.

Há divergências também sobre o adicional de risco para agentes de segurança e de plataforma, sobre a equiparação salarial de funcionários que exercem as mesmas funções, adicional de periculosidade, aumento da contribuição do Metrô nos planos de saúde dos funcionários e readmissão de 61 grevistas demitidos em 2007.

Os dois lados concordaram apenas em montar comissões para discutir pontos mais polêmicos como a distribuição de participação nos resultados e a jornada de trabalho dos funcionários que iniciam ou terminam seus turnos fora do horário de funcionamento do sistema de transporte público.

Em nota, a Secretaria de Transportes Metropolitanos informou que o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também concordaram em consolidar todas as cláusulas sociais presen
tes nos atuais dissídios coletivos e estão dispostos a debater eventuais pendências remanescentes.

Linhas 11 e 12 da CPTM

Os funcionários das linhas 11-Coral e 12-Safira da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) decidiram entrar em greve em assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil (STEFZCB).

A greve nas duas linhas da CPTM está programada para começar a partir da 0h desta quarta-feira (23), por tempo indeterminado. Está prevista uma nova assembleia às 18h desta quarta, para avaliar a paralisação. Cerca de 850 mil passageiros usam diariamente as duas linhas.

Em nota, a CPTM informou que os sindicatos das linhas 7, 8, 9 e 10 continuam em negociação e as linhas vão operar normalmente. A companhia ressaltou que espera que seja cumprida decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SP) para que 85% efetivo seja mantido nos horários de pico (das 5h30 às 10h e das 16h às 20h30) e 70% nos demais horários.

Propostas da CPTM
A Companhia informou que apresentou nova proposta nesta terça reajustando o valor do vale-refeição de R$ 18 para R$ 20, correção salarial de 4,60% (IPC/FIPE) + 1,5% de produtividade. Além disso, sinalizou que os funcionários terão direito a participação nos resultados da empresa, a ser pago em 2013, com valor mínimo de R$ 3 mil.

G1



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