O trabalho levou em conta projeções do IPCC até 2050, avaliando cenários de aumento de temperatura e impactos financeiros potenciais, incluindo danos à infraestrutura e interrupção de operações. Cada quilômetro de rodovia, cada estação de trilhos e cada terminal aeroportuário foi analisado para identificar riscos prioritários.
"Integrar a resiliência climática à nossa estratégia é proteger vidas, reduzir riscos e gerar valor para a sociedade", afirma Juliana Silva, diretora de Sustentabilidade da Motiva.
Os 4,86 mil planos contemplam medidas estruturais e operacionais, como reforço de drenagem, adequações de trilhos para altas temperaturas, monitoramento contínuo de solos e sistemas, adaptação de aeroportos para chuvas intensas e aumento da frequência de manutenção preventiva. As ações são divididas em prevenção, mitigação e resposta emergencial.
Monitoramento e tecnologia
Além dos planos, a Motiva utiliza tecnologia para acompanhar condições climáticas em tempo real. Parcerias com Climatempo, MeteoIA e Cemaden permitem acesso a previsões meteorológicas detalhadas e alertas de desastres naturais, que alimentam os Centros de Controle Operacional da companhia. Protocolos preventivos, como a interrupção de trechos da Rio-Santos e da BR-386 em situações de risco, já protegem motoristas e colaboradores.
Próximos passos
A empresa deve priorizar ações de mitigação e integrá-las aos investimentos dos próximos anos, com previsão de conclusão até o primeiro trimestre de 2026. A iniciativa também contribui para o atendimento à norma IFRS S2, que exige transparência sobre riscos climáticos para investidores.
Sobre a Motiva
Com 39 ativos em 13 estados e 16 mil colaboradores, a Motiva administra 4.475 km de rodovias, transporta 750 milhões de passageiros em trilhos e atende 45 milhões de clientes em aeroportos. Foi a primeira empresa a abrir capital no Novo Mercado da B3 e está há 14 anos no hall de sustentabilidade da bolsa.