O parque mais antigo da cidade se prepara para o aniversário e recebe a Mostra 3M de Arte pela primeira vez
As informações desta matéria são baseadas na publicação da VEJA São Paulo, edição nº 2964, de 3 de outubro de 2025.
O Parque da Luz é o jardim público mais antigo de São Paulo. Criado em 1800 como um horto botânico, ele virou parque em 1825. Em 2025, completa 200 anos. Tombado em 1981, ele preserva construções antigas e tenta atrair mais visitantes hoje.
Sergio Lessa, do Centro Universitário Belas Artes, explica que o parque foi feito para a elite admirar a natureza, misturando estilos clássico e romântico. Hoje, é mais para lazer ativo, mas ainda proíbe bikes e piqueniques para proteger a história. "Precisa de ideias novas sem mudar o essencial", diz ele.
A solução pode ser ligar o parque aos vizinhos: Estação da Luz, Pinacoteca e Museu da Língua Portuguesa. "Vamos envolver a comunidade local", afirma Antônio Toro, gestor do parque.
O que tem no parque
O local recebe 5 mil a 6 mil pessoas por dia. Pela manhã, idosos são 70% dos visitantes, graças a aulas de exercícios e terapias. A segurança aumentou para 15 guardas. Há planos de reformar lagos antigos, mas sem data. A última grande obra foi em 1999.
Aberto das 6h às 18h (fecha segundas), o parque tem 76 mil m², 98 espécies de animais (como aves) e 192 de plantas, incluindo quatro em risco de extinção. Há árvores centenárias e esculturas de artistas como Lasar Segall.
Mostra 3M de Arte no parque
Até 26 de outubro, rola a 14ª Mostra 3M de Arte, pela primeira vez no Luz. A exposição viaja por parques como Ibirapuera. A curadora Ana Carolina Ralston diz: "É chance de revitalizar o local e espalhar arte para além dos bairros chiques".
Chamada Biomorfos — A Reinvenção do Ser, ela tem obras novas de seis artistas: Ayrson Heráclito, Leandra Espírito Santo, Leandro Lima, Lícida Vidal, Luiz Zerbini e Rafa Bqueer. O tema é corpo, natureza e futuro, com um olhar otimista: misturar humanos, tecnologia e meio ambiente.
Exemplos: instalação de Zerbini sob uma figueira e escultura de Vidal que filtra chuva para regar o parque. Muitas obras estão na Pinacoteca. "Queremos levar visitantes do museu para cá", explica Ralston.
Para o aniversário, em novembro, há eventos com a Secretaria de Cultura e Pinacoteca.