SPTrans diz que não sabia da paralisação e foi pega de surpresa. A greve foi um protesto contra a reforma da previdência
Uma paralisação de transporte de ônibus na cidade de São Paulo, pegou todo mundo de surpresa, inclusive a própria SPTrans, que não conseguiu acionar um plano de contingência para evitar os problemas.
Os ônibus ficaram retidos em 33 garagens na cidade, até às 5h da manhã. O motivo foi uma manifestação do sindicato que representa os motoristas e cobradores, contra a reforma da previdência do governo federal. O protesto prejudicou mais de um milhão de pessoas, que chegaram a ficar mais de duas horas em pontos de ônibus aguardando um coletivo.
A SPTrans enviou uma nota sobre o ocorrido. Confira abaixo:
"A SPTrans informa que uma manifestação sindical surpresa atrasou o início da operação em 33 garagens das empresas do subsistema estrutural, nesta sexta-feira. Às 5h46, a frota de coletivos já estava circulando, mas ainda com reflexos no atendimento ao usuário. O serviço está sendo normalizado gradativamente.As operadoras que descumpriram as primeiras partidas programadas, ocasionando intervalos excessivos, serão autuadas pela SPTrans.Ao todo, um milhão de pessoas que utilizam os 3.820 ônibus de 561 linhas foram afetadas, prejudicando também a operação nos 29 terminais municipais. As linhas do subsistema local operam normalmente.A equipe de fiscalização da SPTrans orienta os passageiros nos terminais e permanece monitorando a operação das linhas a fim de auxiliar a população."
O Diário da CPTM foi as ruas e acompanhou no centro de São Paulo a retomada da operação. Contudo, apesar de por volta das 5h já ter ônibus nas ruas, apenas após às sete da manhã que o fluxo de veículos foi normalizando. No centro, os passageiros sentido bairros eram os mais penalizados, uma vez que os ônibus priorizaram o sentido centro e a espera para os veículos no contra fluxo foi maior que o normal. Apesar de manifestações deste tipo em várias categorias, o transporte sobre trilhos não foi afetado por paralisação.
Por Willian Moreira
Foto: Diário da CPTM