Às 17h, funcionários da CPTM avisavam quem chegava à Estação Berrini, na Zona Sul de São Paulo, que não havia previsão para o retorno do funcionamento dos trens. Os passageiros davam meia volta e seguiam para a Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, para tentar pegar um ônibus.
"Cheguei aqui agora e recebi essa notícia. Iria até a Berrini pegar um ônibus, mas o trânsito está parado. Estou pensando em ir a pé até a Estação Pinheiros para pegar a Linha Amarela", afirmou a analista financeira Tuane Mata, de 27 anos. Ela pretendia seguir para Mauá, no ABC. Os pontos de ônibus ficaram lotados na avenida.
Segundo a assessoria da CPTM, a equipe técnica estava no local tentando resolver o problema desde as 16h. Não havia circulação entre as estações Grajaú e Pinheiros. Entre Osasco e Pinheiros os trens seguiam em velocidade reduzida. O Plano de Atendimento entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) foi acionado, com cem ônibus para os passageiros que utilizam a Linha 9-Esmeralda.
Chateada por ter adiado o encontro com o namorado, a auxiliar financeira Karina Teixeira, de 18 anos, não sabia quando chegaria em casa. "Eu preciso ir para Santo Amaro e agora só posso ir de ônibus, mas não sei a que horas vou conseguir chegar", disse. Sua colega Daniela Guimarães, de 26 anos, reclamava porque iria perder o dentista. "Vou ter que ir a pé para o Morumbi e não vou conseguir chegar."
Chuva
A chuva forte que atingiu São Paulo deixou toda a cidade em estado de atenção às 15h15, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE). Por volta das 18h a cidade voltou ao normal.
A Subprefeitura de Campo Limpo, na Zona Sul, chegou a entrar em estado de alerta por causa do transbordamento do córrego Morro do S, na altura da Rua Joaquim Nunes Teixeira.
G1
