A paralisação de motoristas e cobradores de ônibus em São Paulo nesta quarta-feira (5) já afeta todos os terminais da cidade. Cerca de uma hora após o início do protesto, todos os 29 terminais municipais estavam fechados, segundo a SPTrans, empresa responsável pelo transporte público por ônibus na capital paulista.
Prevista para ter início às 10h, a paralisação contra os ataques a ônibus e a falta de segurança teve início por volta das 9h45. Apesar do fechamento dos terminais, há ônibus circulando na cidade.
Às 11h, a capital paulista registrava 90 km de engarrafamentos, acima da média para o horário que varia entre 55 km e 81 km, de acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). A região com mais lentidão era a zona sul, com 33 km.
No terminal D. Pedro 2º, na região central, um ônibus foi estacionado na saída do terminal, o que impede que qualquer coletivo deixe o local. Um grupo de motoristas e cobradores faz um protesto em frente ao terminal.
O presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, José Valdevan, disse que a orientação é para que os ônibus parem nos terminais, e não nas ruas. A entidade representa 36 mil trabalhadores do setor.
O protesto inicialmente se estenderia por quatro horas nesta quarta --iria das 10h às 14h--, mas teve sua duração reduzida para duas horas após uma reunião realizada entre o sindicato, a secretaria estadual de Secretaria Pública e os comandos das Polícias Civil e Militar.
Insegurança
De 1º de janeiro a 3 de novembro, as empresas de ônibus registraram 98 ataques a coletivos, além de 21 a cooperativas que atuam na periferia de São Paulo. No ano passado ocorreram 53 ataques a ônibus.
Por meio de nota, o sindicato das empresas disse aprovar o objetivo do protesto desta quarta, embora não compactue com a paralisação dos serviços, que pode prejudicar os passageiros.
Uol